O Alto
Comando do Exército fez ontem, uma reunião extraordinária, em Brasília, dentre
outros assuntos explosivas, para avaliar o impacto do artigo:
“ÁRVORE BOA”, escrita pelo
General de Exército na reserva Rômulo Bini Pereira. Publicado no Estadão de
terça-feira (19), o texto exalta o
direito de os militares celebrarem a “Revolução Democrática de 31 de março de
1964”. Outro tema em discussão pelos Generais de quatro estrelas da ativa foi à
explosiva crise na Venezuela e os reflexos que pode ter no Brasil.
No texto que teria sido um dos motivadores da reunião extra
no Forte Apache, o General Bini faz filosofia sobre o permanente papel das
Forças Armadas, comparando-a a uma planta forte, verde oliva: "Quando cortam
uma árvore boa e não arrancam suas raízes, brotos teimosos vão nascer sempre no
que sobrou do tronco a dizerem que ela pode ressurgir e ficar mais alta, porque
a sua seiva não se extinguiu e nem se extinguirá!"
Um trecho do artigo
do General deixou em polvorosa a turma do Palhaço do Planalto: “Na área militar
nota-se ainda repulsa aos atos das citadas comissões. Ela é flagrante,
crescente e de silenciosa revolta. Pensam que os integrantes das Forças Armadas
- quietos calados e parecendo subservientes - assistem passivamente aos
acontecimentos atuais com sua consciência adormecida. Não é bem isso que está
acontecendo!”
O General Bini já tinha balançado o ganho da petralhada em
outros dois artigos: “O Outro lado”, publicado em 7 de junho de 2012, na Folha
de São Paulo, e “Lei do Silêncio”, veiculado pelo Estadão em 12 de maio de
2012. O Alerta Total republica, abaixo, os três artigos, fundidos em um, para
ampla reflexão.
Até porque a “Comandanta”
em Chefe das Forças Armadas, Dilma
Rousseff, vai impedir, por ordem direta aos comandantes de força, que o
Exército celebre, em qualquer evento oficial, os 50 anos do movimento
civil-militar de 1964. Provavelmente, nos quartéis, o assunto só entrará na
ordem do dia daquela forma discreta, dos últimos anos, desde que Luiz Inácio
Lula da Silva assumiu a Presidência da República (e lá continua, segundo a
recente gafe da ministra Miriam Belchior...).
Leia, abaixo, o artigo do General Bini
"A ÁRVORE
BOA” - POR RÔMULO BINI
A Revolução
Democrática de 31 de Março completa 50 anos este ano e já se observa elevado
número de reportagens e artigos sobre esse fato histórico. Nesse diapasão, nas
esferas federal, estaduais e até municipais avultam as diversas Comissões da
Verdade criadas no País, a levantarem fatos que vão repercutir na opinião
pública com uma visão num só sentido. Seu escopo maior é denegrir o fato
histórico, cujo combustível veio do coração nacionalista do povo brasileiro no
limiar do outono de 1964. Ao passo que os crimes cometidos pelas esquerdas
radicais são nefanda e irresponsavelmente acobertados por essas comissões.
A atual
"presidenta" da República, que participou ativamente da luta armada,
em recente visita à paradisíaca Ilha de Cuba demonstrou ao mundo sua prestimosa
submissão ao líder comunista Fidel Castro. Esse seu ato mostra que, se a
revolução não fosse vitoriosa, estaríamos sob a vigência de uma
"democracia sanguinária", semelhante à que ainda escraviza e
aterroriza o povo cubano.
Após 30 anos da Nova
República e de cinco governos civis, notam-se análises negativas quanto ao
presente e ao futuro do Brasil. Os três Poderes da República, base de todo
regime democrático, vivem hoje momentos sensíveis e preocupantes - corrupção e
mordomias em todos os seus níveis.
O Legislativo é a instituição mais desacreditada, segundo
pesquisas confiáveis. Legisla quase sempre em favor dos direitos, mas nem
sempre se lembra dos deveres. O interesse nacional é secundário e, em
consequência, temas de capital importância para o Brasil são postergados, só
pelo simples fato de que podem trazer reflexos indesejados nas urnas.
O
Judiciário passou a ser a esperança dos brasileiros por ter-se sobressaído
sobremaneira no processo conhecido como mensalão, conduzido pela Suprema Corte.
Esta, em seus debates, demonstrou, entretanto, que há áreas de atritos de cunho
ideológico e partidário entre seus membros. Não fossem a morosidade no julgar e
os longos trâmites nos processos jurídicos, seu conceito seria mais positivo.
O Executivo passa por
sérias dificuldades, pois a "presidenta" demonstra ser incapaz de
governar com seriedade, equilíbrio e competência. Diante de qualquer obstáculo,
convoca especialistas em propaganda e marqueteiros para que façam diminuir ou
mascarar os pontos negativos que poderão surgir, pois só o que ela e seu
partido querem é conseguir a reeleição.
Em relação à política externa,
o anseio do governo é fazer o Brasil ter uma cadeira permanente no Conselho de
Segurança da ONU e isso está afastado. Nosso país está sendo ridicularizado em
todo o mundo por tantos escândalos. País assim não pode postular distinção de
tamanha expressão mundial.
Nos dias atuais o País vive momentos conturbados, que se vêm
agravando desde os surpreendentes movimentos populares de junho de 2013. A Copa
do Mundo traz efetivas preocupações ao povo brasileiro.
Manifestações ininterruptas conduzidas por vândalos
transformaram algumas cidades, principalmente as capitais, em verdadeiras
praças de guerra. Os "rolezinhos", já bastante disseminados, trazem
em seu bojo indícios de luta de classes. A criminalidade já é endêmica entre
nós e isso faz com que não mais sejamos vistos como um povo pacífico e cordato.
Nossos índices de crimes anuais já atingem a cifra de 50 mil mortos/ano,
próximos aos de países onde há guerra civil.
As autoridades constituídas
pouco fazem para reverter essa situação. Propalam promessas vãs, são
incompetentes, demonstram desinteresse e má-fé. Seu aparato policial está
sempre pressionado, pois suas ações são consideradas agressivas. As soluções
não surgem e o País vive uma situação de descalabro político e moral, com
manifestos sinais de incipiente desobediência civil. É essa a democracia que
desejamos?
Finalmente, um enorme paradoxo. As Forças Armadas continuam
sendo a instituição de maior credibilidade no País, e isso é se deve não apenas
à eficiência, à noção de responsabilidade, ao trato da coisa pública, mas,
sobretudo, aos valores morais que são cultivados em todos os seus escalões. A
honestidade, a probidade, a disciplina e o empenho no cumprimento da missão são
algumas virtudes que norteiam as Forças Armadas e que deveriam também ser
exercidas pelos diversos mandatários dos governos de nosso país. O que,
infelizmente, não ocorre.
Na área militar nota-se ainda repulsa aos atos das
citadas comissões. Ela é flagrante, crescente e de silenciosa revolta. Pensam
que os integrantes das Forças Armadas - quietos, calados e parecendo
subservientes - assistem passivamente aos acontecimentos atuais com sua
consciência adormecida. Não é bem isso que está acontecendo!
As esquerdas sempre
alardeiam que os "militares de hoje" não são como "os de
1964". Sem dúvida! Aqueles, mais preparados cultural e profissionalmente e
mais informados que estes, mantêm, contudo, bem viva a mesma chama que seus
predecessores possuíam e lhes legaram: o amor à liberdade, aos princípios
democráticos, à instituição e ao Brasil. Também não aceitarão e, se necessário,
confrontarão regimes que ideólogos gramscistas queiram impor à sociedade
brasileira, preconizados pelo Foro de São Paulo, órgão orientador do partido
que nos governa e de alguns países da América do Sul que se dizem democratas.
Mesmo sendo vilipendiada, devemos saudar a Revolução
Democrática. É voz geral entre os esquerdistas que 64 jamais será esquecido.
Ótimo, nós, civis e militares que a apoiamos, também não a esqueceremos. A
Revolução de 1964 será sempre uma "árvore boa"!"
19 de fevereiro de 2014 | 7h 04
Editado por: Edison Franco.
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