O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu foi condenado por
crime de corrupção ativa pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, por 8 a 2,
nesta quarta-feira — 34º dia do julgamento da ação penal do mensalão.
Os votos dos ministros Celso de
Mello (decano) e Ayres Britto (presidente) somaram-se aos já proferidos por
Joaquim Barbosa (relator), Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e
Marco Aurélio. Empresário Marcos Valério e seus sócios são também condenados
Acentuou que o esquema do
mensalão mobilizou R$ 153 milhões, e que a figura de Marcos Valério aparece
sempre, no decorrer do processo. “Marcos Valério estava em todo lugar, ele
tinha um instinto apuradíssimo de prospecção de dinheiro”, comentou.
“Outra nota solta é que não há mais dúvida de que a denúncia se estruturou em
torno de práticas delituosas oriundas de núcleos imbricados (político,
financeiro e publicitário)”, destacou Ayres Britto. Segundo ele, o Ministério
Público e o relator “nos colocaram em posição cômoda”, havendo, no caso,
“provas robustas indiciárias que iluminam as provas diretas”.
Quanto a José Dirceu, o presidente do STF sublinhou estar provado
nos autos que “ele era de fato o primeiro-ministro do governo instalado em
2003”. Citou trechos do depoimento do ex-chefe da Casa Civil constante dos
autos para assentar que “ele deixa claro que tudo passava pelas mãos dele”.
Editado por: Edison Franco.
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