O deputado federal Osmar Terra (PMDB), um dos principais peemedebistas adeptos à candidatura de José Serra (PSBD) para a presidência da República, ciceroneou o tucano em suas duas mais recentes visitas ao Estado.
Entusiasmado com a adesão ao ex-governador paulista, Terra chega a dizer que o presidenciável terá apoio quase unânime do PMDB gaúcho, ainda que nos bastidores. “Serra tem a simpatia de 98% do partido no Estado, tanto dos deputados quanto dos prefeitos”, estimou na sexta-feira, em entrevista, durante o 6º Fórum Político Unimed, em Porto Alegre.O discurso destoa da tese de candidatura própria da sigla ao Planalto, apregoada pelos caciques no Rio Grande do Sul. Mas até os principais nomes do PMDB gaúcho já admitem que são remotas as chances de o ex-governador do Paraná Roberto Requião disputar a presidência.
Ainda assim, a ordem da cúpula é não formalizar o apoio ao tucano. “Sei que Serra e todos os tucanos vão entender com normalidade que o PMDB só vai definir posição na convenção estadual. Até lá, faremos a defesa da candidatura própria”, explicou o secretário-geral do partido e presidente da Fundação Ulysses Guimarães, o deputado federal Eliseu Padilha, que também esteve no evento político de sexta-feira.
O parlamentar observou, ainda, a afinidade entre tucanos e peemedebistas no Rio Grande do Sul. “Historicamente, o PMDB gaúcho faz composições com o PSDB. Os governos (Antonio) Britto e (Germano) Rigotto fizeram essa aliança”, exemplificou.
Incumbido pelo presidente nacional do PMDB, Michel Temer, de compatibilizar as alianças estaduais do partido com a coligação com o PT para a presidência da República (Temer será o vice na chapa de Dilma Rousseff), Padilha afirmou que “não existe mais verticalização”. “Os estados têm independência para adotar a posição que bem entenderem”, resumiu.
Fonte: (J. do Comércio-Notícia da edição impressa de 24/05/2010(Samir Oliveira).
Postado por Edison Franco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário