A governadora do Rio Grande do Sul e pré-candidata à reeleição, Yeda Crusius (PSDB), disse não sentir ciúme do possível apoio do presidenciável tucano José Serra ao seu adversário político na disputa pelo governo gaúcho, José Fogaça (PMDB). “Eu quero que ele ganhe e certamente vou trabalhar para isto. Mas sou coerente com a política e entendo que o PMDB do RS, na sua imensa maioria, é Serra”, afirmou Yeda, em entrevista no programa Canal Livre, na noite deste domingo (23) na Band.
Yeda ressaltou, porém, que a possibilidade de uma aliança Zé-Zé entre Fogaça e Serra não pode prejudicar o apoio tucano à sua candidatura. “Eu não tenho o menor ciúme, só não queiram vir para a minha cama”, alertou. Sobre a possibilidade de perder votos para Fogaça devido ao apoio, a governadora afirmou que "faz parte do jogo".
Na pesquisa Vox Populi/Band divulgada no dia 20 de maio, Yeda aparece em terceiro lugar na corrida pelo governo do Estado, com 10% das intenções de voto. A pré-candidata estava atrás do ex-ministro Tarso Genro, que liderava a pesquisa com 32% dos votos, e de José Fogaça (PMDB), que tinha 27% dos votos.
A pré-candidata defendeu a presença do ex-governador de São Paulo nos palanques tucano e peemedebista. Segundo ela, a aliança nacional do PSDB com dois partidos diferentes no Estado é coerente. “Não há traição, há consentimento de que na política é fazer ganhar um projeto para o Brasil”, disse.
Ainda sobre a intrincada situação de chapas e alianças nas eleições do RS, Yeda comentou a escolha polêmica do vice Paulo Feijó (DEM) para a sua chapa. Um dos responsáveis pelas declarações negativas que agravaram a crise política do governo gaúcho em 2009, Feijó é considerado inimigo declarado de Yeda.
“Não era ele para ser o vice, mas na véspera da convenção, deu uma disputa entre dois partidos que iam se comunicar comigo, aí foi sugerido que ele ficasse temporariamente na posição de vice”, explicou. Apesar de afirmar que Feijó não é seu inimigo político, Yeda cutuca: “ele é inimigo de tudo o que é público, um liberal extremista, fundamentalista”. E admite a participação do atual vice nas denúncias "eles armaram o golpe, eles queriam me tirar".
Postado por Edison franco.