sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

AÉCIO NEVES, EM JUIZ DE FORA, MG.

O Brasil tem hoje 60 milhões de pessoas inadimplentes com prestações atrasadas. O desemprego para os mais jovens ultrapassará 25% para aqueles que têm até 24 anos. A inflação continua sem controle. Nas regiões metropolitanas já chegou em torno de 15%. A grande verdade é que aqueles que tiveram, no período de governo do PT, alguma ascensão social em razão de várias medidas - e a principal delas foi a estabilidade alcançada no governo anterior - retornarão para a condição anterior, só que em um cenário muito pior, com inflação, com desemprego, com juros na estratosfera e sem perspectiva de retomada do crescimento. O meu sentimento pessoal, como presidente nacional do PSDB, é que o governo do PT acabou. Esse é o lado bom da história.
Não temos aqui, nenhum de nós, a bola de cristal para saber o que nos espera daqui a dois meses, com a instalação do processo de impeachment, o que nos espera daqui a um, dois ou três anos, quando estão marcadas as eleições presidenciais. Não depende de nós. Depende de um resultado ou desfecho desse processo que aí está. Não depende apenas de nós. Mas de nós depende mostrarmos, cada vez mais, que estamos unidos. Temos a melhor proposta, o melhor projeto para esse país, e temos aquilo que faltam àqueles que hoje governam o Brasil: falta a eles a credibilidade, que temos de sobra para apontar um novo e virtuoso caminho de recuperação da nacionalidade, do orgulho de ser brasileiro, da confiança na nossa capacidade de fazer esse país voltar a crescer.
Aécio Neves, em Juiz de Fora, onde participou de um encontro com lideranças do PSDB de Minas Gerais. 04/12/2015.


Editado por: Edison Franco.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O ESTADO E A RESPONSABILIDADE FISCAL: UMA QUESTÃO CULTURAL, POR YEDA CRUSIUS

 A “tempestade perfeita” que vive o Rio Grande do Sul neste início de mandato é o espelho da mesma crise que vive o Brasil no chamado “Dilma II”: os governos gastaram muito mais do que seu tamanho, medido por suas receitas e funções, permitia. Seja por quais motivos forem, o fato é que houve, sim, imprudência e irresponsabilidade fiscal. Agora, a conta chegou na forma de desemprego, recessão, inflação, endividamento crescente e a incapacidade de o Estado honrar seus compromissos. É bem verdade que, ao gastarem mais do que arrecadaram, os governos tiveram para tal a chancela explícita de algumas classes cujas rendas dependem do Tesouro. A conta, porém, e como sempre, será paga por todos nós. Ou melhor, por quase todos, pois há entre os atores econômicos, sociais e/ou políticos, aqueles que lucram com as crises. O exemplo mais recente desse “acordo entre partes” é o uso dos depósitos judiciais, última fonte para pagar o mínimo do dia a dia, estando as demais esgotadas. Neste ano, 2015, pagar-se-á mais em juros pelo uso desses depósitos do que o próprio volume que deles se pode utilizar o atual governo. Pelo longo período de governos que gastaram mais do que arrecadaram, é fácil ver quem ganha. É fácil, também, ver quem perde.
 O Rio Grande quebrou. O Brasil quebrou. A crise assim aberta exige que as autoridades encontrem uma saída para a situação. Essa saída existe. Ela, a saída, que outra coisa não é senão o Estado desejado, requer profundas e óbvias transformações, a serem feitas necessariamente de modo pacífico e democrático, como está a pedir a “voz das ruas”. A base para a repetição desse tipo de crise é essencialmente cultural. Deriva de uma particular visão da natureza do Estado, de suas funções e sustentação. Tudo começa, portanto, por uma mudança que transforme a cultura que baseia as decisões de sempre à nova cultura, já presente graças à liberdade das manifestações de rua, com um rotundo não à corrupção e à ineficiência do Estado. Assumir a responsabilidade de conduzir essa transição entre a nova e a velha cultura é o grande desafio.
 No nosso governo, fizemos o ajuste com o objetivo de permitir aos gaúchos alcançarem no futuro, sem rupturas, a situação de outros Estados, como São Paulo, que conseguiram sustentar uma trajetória de crescimento qualificando os serviços públicos e realizando os novos investimentos necessários da era moderna. Trabalhamos para que o Estado voltasse a ter melhor qualidade de vida, sempre com total transparência – o que incomoda os da velha cultura, a do “nós e eles” tão ultrapassada – e com a convicção de que a poucos interessa uma crise das finanças públicas estaduais. Ela não serve às crescentes demandas por serviços públicos, não serve aos setores produtivos e não serve aos bons servidores públicos. Imperioso lembrar que, pagas em 2007 e 2008 as muitas dívidas herdadas, com o Orçamento sem déficit de 2009 iniciamos uma recuperação responsável de investimentos sem descuidar do compromisso com a ampliação dos serviços que a população necessitava. Crescemos e distribuímos.
 Foi uma difícil conquista, mas viu-se que é muito fácil desmanchá-la! As consequências estão visíveis, evidenciando o contraste entre as duas culturas: a antiga, do Estado gastador e ineficiente, e a nova, da responsabilidade fiscal. O Déficit Zero, devido à crise aberta das finanças públicas, vai sendo compreendido como uma conquista do povo gaúcho, e não apenas uma opção ideológica de um partido ou o capricho de algum governo. A sociedade está cada vez mais consciente de quem é que, efetivamente, paga a conta: não é o governo, nem o partido político que está no poder. É ela mesma.
 A saída para toda essa situação crítica existe, mas precisa ser entendida como um processo longo, fruto de uma escolha e de uma decisão coletivas. As experiências estão aí, registradas, com seus erros e acertos, à disposição para lastrear a construção de um projeto de futuro a ser compartilhado e priorizado por todos os governantes. Quem ganhará será a sociedade gaúcha.
 Com o propósito de contribuir para o debate sobre a retomada do desenvolvimento do Estado, ZH solicitou a lideranças empresariais, sindicais e políticas artigos analíticos e propositivos a partir da seguinte questão: O Rio Grande tem saída? Como? A série, iniciada em junho com opiniões de representantes de entidades empresariais, teve continuidade em julho com sindicalistas e lideranças classistas e em agosto com parlamentares. Em setembro, é a vez de governantes.
 Yeda Crusius *Governadora do Estado de 2007 a 2010- 23/09/2015 Zero Hora | Artigo | p. 21.

 Editado por: Edison Franco.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A CAIXA-PRETA DO PT

Lula e Dilma fizeram explodir em seus mandatos o total de funcionários na administração pública federal. Juntos, os dois contrataram 129.641 servidores concursados (elevando o total para 615.621). Já o pessoal em cargos, funções de confiança e gratificações aumentou em 32.052 (para 99.850; +47%).
 Depois de qualificar como "lorota" o plano da oposição na campanha eleitoral para reduzir ministérios, Dilma anuncia sem detalhamento que pode eliminar dez deles (de 39). E mil cargos de confiança. Ou seja, cortaria só 3% dos mais de 32 mil novos cargos, funções de confiança e gratificações que ela e Lula criaram.
Cerca de 75% de tudo o que entra no caixa do governo federal hoje sai diretamente para o bolso de funcionários públicos, aposentados e beneficiários de programas sociais. O governo acaba atuando, portanto, como um simples controlador de uma "grande folha de pagamentos". Entrou, saiu.
 O motivo de tantos ministérios, sem que haja mais dinheiro livre para suas ações, seria um mistério não fossem eles usados apenas politicamente. Onde o pouco dinheiro livre que entra normalmente abastece aliados.
 No caso de algumas pastas ligadas às áreas sociais, como a do Desenvolvimento Social, há funções claras, como averiguar se crianças do Bolsa Família vão à escola e postos de saúde. Nos da Saúde e Educação, também.
 Mas não parece razoável tantos funcionários e cargos novos para lidar com apenas 25% do dinheiro que sobra da arrecadação depois dos repasses diretos.
O aumento, desproporcional aos avanços do país, é mais uma caixa-preta dos quase 13 anos do PT.
 As nomenclaturas para cargos, funções de confiança e gratificações (47) são cifradas e herméticas, sem dar pistas do que toda essa gente faz, segundo documento enviado à Folha pela ONG Contas Abertas. Da quantidade de ministérios e relevância, até Dilma agora reconhece a excrescência.
 O total de servidores concursados em massa é justamente uma das maiores dificuldades hoje para se reduzir despesas. Assim como fazer cortes nas 75% das despesas que são parte da "grande folha de pagamento".
 Consultado, o Ministério do Planejamento diz que o aumento foi "resultado do esforço a partir de 2003 para conter o déficit de pessoal gerado por longo período sem concursos públicos". Teria havido também determinações do Ministério Público de Trabalho para substituir 22 mil terceirizados. E que as contratações "atendem às necessidades da administração pública, adequadas às condições orçamentárias e ao cenário econômico do país".
 Como sabemos, as "condições orçamentárias" e o "cenário econômico" requerem cortes profundos no momento. Eles poderiam ter sido iniciados há dez anos, quando Dilma ministra da Casa Civil qualificou como "rudimentar" proposta do Ministério da Fazenda para um plano de ajuste fiscal de longo prazo.
Coisa que a presidente quer fazer agora, de uma hora para a outra. Em condições bem mais adversas.
Sobre a crise, Dilma disse nesta semana que no final de 2014 "não tinha indícios de uma coisa dessa envergadura". Na melhor das hipóteses, a presidente é mal informada.
Coluna de out./2014 já mostrava o buraco em que estávamos. Comparados aos números de hoje (inflação perto de 10%; dólar a R$ 3,60; PIB de -2%, superávit primário zero e dívida pública de 62% do PIB) até que não estávamos tão mal mesmo.
Fernando Canzian Editoria de Arte/Folhapress      27/08/2015- 02h00 


Editado por: Edison Franco.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A LEGITIMIDADE DAS RUAS

Ainda sobrevive no campo do governismo uma drástica dificuldade em entender que protestos como o de ontem fazem parte da vida democrática e revelam uma dinâmica social ativa e madura. É impressionante como os brasileiros permanecem mobilizados, nas ruas ou fora delas.
AS RUAS VOLTARAM A VIBRAR COM ENERGIA E INDIGNAÇÃO NESTE DOMINGO, 16 agosto 2015. 
Tratadas com ironia e quase desprezo no último programa partidário do PT, as manifestações da sociedade são expressão legítima da cidadania e traduzem o mal-estar generalizado que tomou conta do país, como reação ao fracasso e aos desmandos do atual ciclo de poder.

Ainda sobrevive no campo do governismo uma drástica dificuldade em entender que protestos como o de ontem fazem parte da vida democrática e revelam uma dinâmica social ativa e madura. É impressionante como os brasileiros permanecem mobilizados, nas ruas ou fora delas. Em apenas oito meses, milhões de pessoas, de forma pacífica, ocuparam várias vezes as ruas do país. Uns chamando os outros. Uns se reconhecendo nos outros.

Ouso dizer que estamos testemunhando o florescimento de uma nova consciência nacional e uma autêntica mudança de patamar, que, aos poucos, mas de forma muito determinada, avança e está presente em todos os estratos sociais. As pesquisas de opinião recentes confirmam este agudo senso crítico, que tem como consequência a flagrante e espantosa deterioração da base de apoio popular do petismo, que paga o alto preço do descrédito pela sua arrogância e pelas suas próprias contradições.

Hoje o PT paga esse alto preço não apenas pelos graves erros cometidos, mas porque insiste em fingir que não os cometeu!

Estão equivocados os que, com intolerância, teimam em manchar com um julgamento preconceituoso os que caminharam pedindo respeito e decência. As vozes nas avenidas e das sacadas precisam ser ouvidas atentamente e absorvidas, pois ampliam a nossa compreensão da realidade. Todos eles, cidadãos que são, têm o legítimo direito de fazer ecoar seus sonhos, reivindicações e cobranças. Os brasileiros protestam porque estão simplesmente esgotados de assistir a tanta roubalheira.

Protestam para não se renderem à impotência diante da escalada dos escândalos. Protestam para honrar a própria esperança, para honrar o futuro que querem viver ou plantar para seus filhos e netos. Protestam porque estão cansados de ser enganados por um marketing de ocasião, oportunista, que não cumpre o que promete, prega o que não pratica e institucionalizou a mentira como discurso oficial de governo.

Neste domingo, senti nos apertos de mão, nos abraços, nos acenos e nos gestos de otimismo, que o Brasil vai encontrar o seu caminho. Não pelas ações de um governo que se tornou incapaz de ouvir e dialogar. Mas pela força das pessoas, das famílias, do ativismo dos jovens, das crianças que vieram para as ruas apenas para dizer que o Brasil é muito maior! Que o Brasil tem jeito. E quem vai dar jeito no Brasil são os brasileiros.

AÉCIO NEVES - é senador da República por Minas Gerais e filiado ao PSDB- Publicada em 18/08/2015 às 08:20.

Editado por: Edison Franco.



FOTOS DO MOVIMENTO DO DIA 16 DE AGOSTO EM SANTA ROSA - RS.


As fotos do movimento dos caminhoneiros e da manifestação "Vem pra Rua" realizada no Parcão de Santa Rosa, RS, Brasil, estão no site do Picasa, no link abaixo:
https://picasaweb.google.com/106556978812609518604/16DeAgostoDe201502?authuser=0&feat=directlink

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

MEGA MANIFESTAÇÃO 16 AGOSTO EM SANTA ROSA-RS.

DILMA REPETE QUE 2015 É UM ANO DE ‘TRAVESSIA”
1.         SIM, A TRAVESSIA PARA O BURACO:
2.         MAIOR ÍNDICE DA SÉRIE HISTÓRICA DE DESEMPREGO;
3.         INFLAÇÃO PRÓXIMA DOS 10%;
4.         PROJEÇÃO DE QUEDA DO PIB A 2,8% SEGUNDO A FGV;
5.         DÓLAR ACIMA DE R$ 3,40; MAIOR QUEDA DESDE 2008 NO CONSUMO DAS FAMÍLIAS E POR AÍ VAI.
6.         DILMA ATRAVESSA QUE É UMA BELEZA.  


Povo de Santa Rosa, vamos nos reunir dia 16 de agosto no parcão, na Travessa Butantã a partir das 16 HORAS, para manifestar nosso descontentamento com a política brasileira, de forma pacífica e organizada, e dar um exemplo de cidadania para toda a Nação Verde-Amarela.


Pela democracia, liberdade de imprensa e a livre manifestação do pensamento, pela segurança, educação, saúde e contra a corrupção. Você expressa sua opinião. Tribuna Livre.

 Traga seu cartaz e seu chimarrão, vamos deixar nossos políticos saberem em que estão falhando.

Lembramos que nossa legislação não permite o uso de máscaras, armas e mochilas. Venha munido somente com seu cartaz ou bandeira, seu espírito pacífico e seu desejo de um país melhor.

É no Domingo dia 16 de agosto, a partir das 16 HORAS, no Parcão de Santa Rosa.

Carlos Alberto Nasi.    Norton Goulart.     Sérgio Rodrigo Colla.   Vitor Abreu      Edison Vitor Franco.

Editado por: Edison Franco.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

AÉCIO É HOMENAGEADO PELO PSDB EM SÃO PAULO.

No primeiro ato político, depois das eleições, o PRESIDENTE NACIONAL DO PSDB, SENADOR AÉCIO NEVES, e lideranças partidárias conclamaram nesta sexta-feira (14/11), em São Paulo, os brasileiros para que mantenham a garra e a luta em favor de mudanças. O ato reuniu mais de 700 pessoas e vários integrantes da oposição.  Aécio lembrou que, nesta campanha, uma das marcas foi o apelo das ruas pelo fim da corrupção.


 “Os brasileiros foram às ruas para dizer que ‘basta de tanta corrupção’ e de ‘tanto descaso’. O Brasil acordou nessas eleições. Esse é o nosso desafio: de manter viva essa chama. Eu caminho pelas ruas do Brasil inteiro, e o sentimento que eu tenho é de vitória. Pela primeira vez, aqueles que venceram essas eleições, enfrentarão uma oposição conectada com os sentimentos das ruas e dos brasileiros”, afirmou ele.

Aécio e os tucanos ressaltaram que o PSDB fará uma oposição ética, atenta e vigorosa. “O PT verá uma oposição vigorosa e corajosa para denunciar as irregularidades, mas também patriótica”, afirmou Aécio, acrescentando: “Se alguns poderiam achar que a derrota eleitoral abateria o meu ânimo, eu me sinto hoje mais determinado, com maior disposição, para exercer o papel que nos foi delegada pela sociedade brasileira. ”
  
Aécio relembrou, no entanto, que a campanha presidencial também registrou momentos desagradáveis, como as infâmias produzidas pelos adversários contra ele, caracterizando um verdadeiro terrorismo político. “Foi a campanha da infâmia e das mentiras em benefício de um projeto de governo. A história registrará que utilizaram o terrorismo”, disse.
  
Participaram do ato político o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o presidente do PSDB em São Paulo, o deputado federal Duarte Nogueira,  presidente nacional do Solidariedade, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), o deputado eleito Bruno Covas (SP), o ex-governador Alberto Goldman, e o deputado José Aníbal, entre outros.
  
Candidato a vice na chapa de Aécio, Aloysio Nunes destacou que, na campanha eleitoral, houve o grito de liberdade evocado por 51 milhões de brasileiros que votaram em favor da candidatura Muda Brasil.  O lema, reiterou ele, é fazer a oposição: “Nós não daremos trégua em nenhum momento”.

Em viagem ao exterior, o senador eleito José Serra (PSDB-SP) enviou uma mensagem por escrito para os participantes do ato político. “O resultado das eleições em São Paulo [onde Aécio conquistou dos 64% votos] atesta: PT aqui, não”, disse Serra, na mensagem, sendo aplaudido pelos presidentes. “O novo país é possível”, acrescentou.
  
Duarte Nogueira afirmou ainda que o exemplo do que ocorreu em São Paulo, em que Alckmin venceu no primeiro turno e Aécio obteve maioria dos votos, é o da “boa política” executada com transparência e competência. Posted: 14 Nov 2014 11:13 AM PST-Blog do Coronel.
Editado por: Edison Franco.




sexta-feira, 26 de junho de 2015

PLANO ENERGÉTICO: CONSTRUÇÃO DE USINA E LICENÇAS AMBIENTAIS DOMINAM DEBATE EM SANTA ROSA

Santa Rosa (RS) sediou nesta quinta-feira (25 de junho 2015), a décima primeira reunião do Plano Energético, que está percorrendo o Estado para ouvir a sociedade quanto às demandas que precisam ser incluídas no plano, que está sendo preparado pela Secretaria de Minas e Energia (SME).

O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, disse que a SME trabalha, em parceria com outras secretarias de Estado, na construção de um programa para levar energia trifásica ao campo. Quanto ao uso da biomassa, informou que a SULGÁS está com chamada pública aberta para a compra de biometano por um prazo de até 20 anos, fato inédito no país e que também beneficia o agricultor, pois vai permitir a ele transformar em energia os dejetos resultantes da atividade agrícola.

Redecker afirmou que está trabalhando em sintonia com a secretária Ana Pelini e fazendo um acompanhamento semanal das licenças ambientais de empreendimentos relacionados à geração de energia. A expectativa é de que ocorra uma maior celeridade nos procedimentos, com a inauguração da sala do investidor, que permitirá a parte interessada acompanhar o andamento das licenças solicitadas. Da mesma forma, disse que está acompanhando a situação da usina de Garabi/Panambi, e que uma nova agenda está sendo marcada para os próximos dias para tratar sobre o assunto. Comunicou ainda aos presentes que está reativando o Comitê de Planejamento Energético do Estado do Rio Grande do Sul (COPERGS), cuja primeira reunião ocorrerá já no mês de julho. “As regiões sofrem com problemas causamos muitas vezes pela morosidade do próprio Estado. Nossa intenção é dar mais agilidade aos procedimentos e minimizar os impactos. É por isso que estamos aqui hoje”, finalizou.

“É muito complicado fazer geração de energia. É impressionante a dificuldade para quem quer empreender neste setor”, afirmou o presidente da COOPERLUZ, Querino Volkmer. Para ele, o poder público, através das suas autarquias, não deve atrapalhar o empreendedor. “Temos 64 contratos assinados para entregar energia a partir de 2018 e em setembro do ano passado a FEPAM cassou a licença de um empreendimento nosso. Há uma insegurança jurídica muito grande. Trata-se de um investimento de R$ 250 milhões, com R$ 10 milhões já investidos e R$ 2 bilhões em energia vendidos”.

O representante da FIERGS na Fronteira Noroeste, Valdir Turra Carpenedo, afirmou que o governador José Ivo Sartori acertou ao desmembrar o setor de Minas e Energia da antiga Secretaria de Infraestrutura. “O tema estava em segundo plano e nos atrasou”, disse. Conforme ele, sempre que um empreendimento vai se instalar numa cidade, a oferta de energia é o primeiro item avaliado. “O Estado é muito rico em oportunidades de geração de energia, mas temos que superar a questão ambiental, que é traumática. Esperamos que as coisas andem mais facilmente, para que tenhamos energia farta, segura e com preço adequado. Nenhum país no mundo deixaria de usufruir um potencial como este que temos no rio Uruguai”.

O presidente da Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa, prefeito de Três de Maio Olívio José Casali, destacou que finalmente está se fazendo um plano para a próxima década e não apenas para um ano. Ele disse que a situação dos municípios é difícil, “mas com criatividade vamos superar esta fase. Não podemos baixar a cabeça, é trabalhar e buscar resultados para vencermos as barreiras e retomarmos o desenvolvimento”. Ele pediu ao secretário que olhe com atenção a situação das PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), “que também podem trazer energia para a nossa região”. Ele agradeceu ainda aos representantes da RGE, presentes no encontro, a construção de uma nova subestação no município de Três de Maio, com capacidade para 20 MW, atendendo uma população de 38 mil pessoas em cinco municípios.

O presidente do COREDE Fronteira Noroeste e representante da Unijuí, Pedro Luis Büttenbender, afirmou que está claro como a ausência de energia pode ser um inibidor do desenvolvimento. “Precisamos de políticas afirmativas que nos ajudem. Aqui temos a energia mais cara do Rio Grande do Sul. Entendemos que a região, cada vez mais, precisa se apropriar de planos como este e também atuar na sua execução, para que as prioridades não sejam modificadas cada vez que se troca de governo”. Disse ainda que espera que a SME seja o ponto de referência e de informação em relação ao projeto binacional de construção das Hidrelétricas de Garabi e Panambi. Fonte: Assessoria de Comunicação –SME.

O secretário de Minas e Energia, deputado Lucas Redecker membro da nova Diretoria do PSDB Estadual, antes de iniciar a décima primeira reunião do Plano Energético, reuniu-se com os membros do Partido em Santa Rosa.
Da esquerda para direita na foto acima: Nilson Buttinguer, Edison Franco, Lucas Redecker,Carlos Nasi e Marcus Walczak.
Editado por: Edison Franco

segunda-feira, 22 de junho de 2015

DILMA NO FUNDO DO POÇO.

Posted: 20 Jun 2015 02:23 PM Blog do C.N.
(Folha) A presidente Dilma Rousseff chega ao final do primeiro semestre avaliada como ruim ou péssima por 65% do eleitorado, um novo recorde na série do Datafolha desde janeiro de 2011, início de seu primeiro mandato. No histórico de pesquisas nacionais de avaliação presidencial do instituto, essa taxa de reprovação só não é pior que os 68% de ruim e péssimo alcançados pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello em setembro de 1992, poucos dias antes de seu impeachment. 

Considerando a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, trata-se praticamente de um empate. No levantamento realizado na quarta (17) e na quinta (18), o Datafolha apurou que apenas 10% dos brasileiros classificam o governo da petista como bom ou ótimo. Essa taxa —só comparável às dos momentos mais críticos de Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso— equivale a um terço da pior marca de Dilma em seu primeiro mandato, os 30% pós-junho de 2013, quando uma onda de grandes protestos espalhou-se pelo país. 

Em relação à pesquisa de abril, a reprovação de Dilma subiu cinco pontos; a aprovação oscilou três para baixo. A atual taxa de aprovação da presidente é baixa, e em patamares muito parecidos, entre eleitores de diferentes níveis de renda. No grupo dos mais pobres, os que têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos, 11% a aprovam, 62% a reprovam. No segmento dos mais ricos (acima de 10 salários), 12% a aprovam, 66% a reprovam. 

Tendências parecidas ocorrem nos recortes por sexo, idade e escolaridade. Algum contraste pode ser observado na aprovação por região. No Sudeste, a área mais populosa, só 7% aprovam a presidente. No Nordeste, 14%. Já a reprovação nos nove Estados nordestinos, área onde Dilma obteve enorme vantagem de votos na eleição de 2014, é de 58%.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O JOVEM EDUARDO RICHTER FILIA-SE AO PSDB

PSDB DE CARA NOVA.

Por orientação do senador Aécio Neves o PSDB de todo o Brasil deve ser reinventado. Buscar filiações de jovens, mulheres e participar dos movimentos sociais. Ouvir os sindicatos, as entidades estudantis e de classe. Em Santa Rosa o novo presidente do partido, Carlos Nasi começa este trabalho de transição visando as eleições de 2016. Eduardo Richter é o mais novo filiado do partido em Santa Rosa e se coloca à disposição para concorrer ao legislativo em 2016. A vinda do Eduardo é um marco para a renovação do partido.

Editado por: Edison Franco.

sábado, 23 de maio de 2015

AÉCIO: AS FAMÍLIAS POBRES VÃO PAGAR A CONTA DO ARROCHO DE R$ 70 BILHÕES DA DILMA.

ABAIXO, NOTA OFICIAL DO PSDB CONTRA O ARROCHO PROMOVIDO POR DILMA ROUSSEFF:

Cai em definitivo a máscara do governo do PT e o país conhece o pacote de medidas impopulares contra o povo brasileiro. Aumento de impostos, cortes de direitos trabalhistas e dos investimentos, incluindo os recursos fundamentais para a saúde e a educação.

Os cortes orçamentários anunciados esta tarde são mais uma face do arrocho recessivo promovido pelo PT em prejuízo da população brasileira.

Primeiro veio a diminuição dos direitos trabalhistas e de benefícios previdenciários, em parte já aprovados pelo PT e a base aliada no Congresso, com oposição coesa do PSDB.

Agora a tesoura do governo Dilma Rousseff compromete os investimentos públicos, prejudicando um dos motores que poderia ajudar a impulsionar a economia no momento em que o país necessita desesperadamente retomar o desenvolvimento.

Quem mais sofre com os cortes no Orçamento são os mais pobres, que precisam do governo federal para dispor de atendimento de saúde, de educação digna e de escolas de qualidade, de transporte e mobilidade. Todas essas áreas que agora são profundamente afetadas pelo arrocho anunciado.

O passo seguinte está traçado: aumento de impostos, já iniciado desde o início do ano e agora aprofundado. A carga tributária, que aumentou ininterruptamente no governo Dilma, vai continuar a subir.

Os R$ 70 bilhões anunciados hoje são apenas parte da conta que o brasileiro vai pagar por causa da gastança desenfreada ocorrida nos últimos anos com o objetivo de vencer as eleições e manter o PT no poder.

Caso a conduta do primeiro governo Dilma fosse responsável, sem os excessos eleitoreiros cometidos, como o próprio ministro da Fazenda reconheceu nesta semana, as famílias brasileiras não seriam agora obrigadas a passar por mais sacrifícios, além das enormes dificuldades que já vivem.

O arrocho recessivo somado ao forte aumento do desemprego e acompanhado da escalada da inflação trazem tristeza a todos nós s e torna a vida no país mais difícil.
É bom que fique claro: Essa conta não é do povo, é do governo do PT, mas é o povo que a está pagando. 
Aécio Neves- Presidente do PSDB - 22 May 2015.


Editado por: Edison Franco.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

VEM PRA RUA - SANTA ROSA - RS - 12/04/2015


O povo de Santa Rosa, RS,  organizado e ordeiro, nesta tarde de 12 de abril de 2015,  aproveitou a sombra do Parcão na travessa Butantã entre a rótula do Tafarel e a rótula da Brigada Militar, para ouvir e participar da manifestação  da  sociedade civil organizada e independente pedindo por mais segurança, educação, saúde, pela desoneração do diesel, por melhores estradas, contra a corrupção, contra o preconceito de qualquer espécie, contra os impostos abusivos mostrando que estão dispostos a pressionar o governo para que assuma seus erros e exigindo mudanças no ajuste fiscal, para evitar prejuízos aos trabalhadores e aos setores produtivos!  No inicio e no final todos cantaram o Hino Nacional.

 
Mais fotos no link abaixo:

 
Editado por: Edison Franco.

 

quinta-feira, 12 de março de 2015

PSDB APOIA OS ATOS PACÍFICOS DO CIDADÃO BRASILEIRO NO DIA 15 DE MARÇO DE 2015.

"O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) se solidariza com as manifestações de indignação dos brasileiros diante da flagrante degradação moral e do desastre econômico-social promovidos pelo governo Dilma Rousseff.

O PSDB defende a livre manifestação de opinião e o direito à expressão dos cidadãos e, portanto, apoia os atos pacíficos e democráticos convocados para o próximo dia 15 de março em todo o país.

Mais do que uma garantia constitucional, a liberdade de pensamento e de crítica é fundamento essencial para o fortalecimento da vida democrática e o enraizamento social dos valores republicanos.

O PSDB repudia a atitude daqueles que, em nome de seus interesses partidários, cerceiam e deturpam o direito à livre manifestação, e tentam convencer a população de que a crítica aos governantes se confunde com atentados contra a ordem institucional e o Estado de Direito. Na verdade, ao contrário de que alguns tentam fazer crer, os protestos que ocorrem nas redes sociais e nas ruas não defendem um terceiro turno, mas a rigorosa apuração de responsabilidades sobre a corrupção endêmica incrustrada no corpo do estado nacional, e cobra o abandono dos compromissos assumidos publicamente com a população.

São manifestações legítimas de um país que vive em plena democracia e se posiciona perante múltiplas e graves crises. Acreditamos que a participação popular melhora as instituições e eleva os padrões de governança pública.

Por isso, o PSDB, através de seus militantes, simpatizantes e várias de suas lideranças participará, ao lado de brasileiros de todas as regiões do país, desse movimento apartidário que surge do mais legítimo sentimento de indignação da sociedade brasileira.

O PSDB reitera seu compromisso com todos os que desejam um país mais forte, íntegro, justo, solidário e democrático.
Senador: Aécio Neves Presidente Nacional do PSDB
Senador: Cássio Cunha Lima Líder do PSDB no Senado Federal
Deputado: Carlos Sampaio Líder do PSDB na Câmara dos Deputados"

Editado por: Edison Franco.



domingo, 25 de janeiro de 2015

"SEM ENERGIA PARA CRESCER", ANÁLISE DO ITV


O apagão que deixou pelo menos 11 estados e o Distrito Federal no escuro no último dia 19, coroa os fiascos de um modelo imposto ao setor elétrico brasileiro por Dilma Rousseff. Desde que ocupou o ministério de Minas e Energia, passando pela Casa Civil e, especialmente, já como presidente da República, ela esmerou-se em não deixar pedra sobre pedra no nosso sistema de produção de energia. As consequências, só a escuridão que deixou milhões de brasileiros sem luz não deixa ver: o Brasil não dispõe hoje de energia suficiente para crescer. Desde 2013, ocorreram 142 apagões no país.

O episódio foi apresentado na versão oficial como um "corte preventivo" para evitar um apagão de proporções gigantescas. Ou seja, o sistema apresenta problemas evidentes para fazer frente ao consumo em alta, ao mesmo tempo em que a geração a partir de fontes hidráulicas está estrangulada pela falta de chuvas, por restrições ambientais, pela má gestão e pelo mau planejamento do prazo de entrada em operação das usinas em construção. A produção com base na queima de combustíveis fósseis está no limite e as obras de expansão do parque nacional acumulam frustrações, com seguidos atrasos de cronograma.
Mesmo com a série crise hídrica que o país enfrenta desde o ano passado, o governo petista sempre negou os riscos de apagões e, principalmente, de racionamento - que só acontecem como fruto de "barbeiragens", segundo ensinava Dilma ainda como ministra-chefe da Casa Civil. Mas a perspectiva é de que, com reservatórios em níveis baixíssimos e um consumo ainda indomado, a população passe a conviver com constantes contratempos de falta de energia. Segundo os modelos oficiais, a chance é de 4,9%, no limite do aceitável, mas cálculos privados estimam risco bem maior, em torno de 40%.

 UM MODELO FRACASSADO

Em setembro de 2012, na véspera do Dia da Independência, Dilma convocou rede nacional de rádio e televisão e transformou a ocasião em palanque eleitoral. Dedicou seu longo pronunciamento a anunciar "a mais forte redução de tarifa elétrica já vista neste país". Em média, as contas para o consumidor seriam reduzidas em 18%. Ocorre que, já naquela época, os reservatórios estavam baixando rapidamente, projetos de geração de hidrelétricas e térmicas já estavam atrasados e o país começava a flertar com a escassez de energia - o que, definitivamente, não combina com preço em queda.

A redução das tarifas foi obtida à custa da renovação forçada de contratos de concessão, em condições muito desvantajosas para as empresas, que ficariam sem recursos para investir. As estatais federais foram obrigadas a aceitar e apenas as geradoras controladas pelos governos de Minas Gerais, São Paulo e Paraná disseram "não", para evitar que seus negócios fossem tragados pelas cláusulas draconianas impostas pela intervenção intempestiva do governo. Vale registrar que, juntas, essas empresas haviam sido responsáveis por cerca de 70% de toda a capacidade de geração e transmissão no país desde 1999.

A estrutura de subsídios e tributos incluídos nas contas de luz também foi revista. Desde então, o setor elétrico entrou numa espiral de problemas. Empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras viram suas receitas minguarem, seus balanços se desequilibrarem e foram forçadas a pisar no freio dos investimentos. O setor entrou em marcha lenta, enquanto a Eletrobrás mergulhou numa crise sem precedentes. A estatal de energia abriu plano para desligar 25% de sua mão de obra e vender parte de seus ativos, mas nem isso impediu que acumulasse prejuízo de R$ 13 bilhões nos últimos dois anos. As mudanças comprometeram a capacidade da empresa de investir no sistema por muitos e muitos anos, já com reflexo nos leilões de 2013 e 2014, cuja capacidade leiloada caiu 60%.

ENERGIA NEGOCIADA EM LEILÕES (EM MIL GWH)

Além de minar a capacidade de investimento das principais empresas do setor, a intervenção saiu custosa. O governo foi obrigado a fazer seguidos aportes de recursos para cobrir rombos que as empresas acumulavam ao comprar energia mais cara no mercado para honrar contratos de fornecimento firmados com consumidores. Os subsídios concedidos por meio da Conta de Desenvolvimento Energético somaram R$ 31,4 bilhões - deste valor, R$ 19,5 bilhões referem-se a desembolsos feitos pelo Tesouro. Os custos totais da barbeiragem superam R$ 114 bilhões.

Pior é que nem as tarifas baratinhas resistiram. No ano passado, segundo o IBGE, os preços de energia tiveram alta média de 17% (chegando, em alguns casos, a 36%), eliminando quaisquer resquícios da redução forçada de 2013. Neste 2015, a pancada será ainda mais forte. O governo decidiu que não irá mais cobrir os rombos dos desequilíbrios gerados pelo modelo criado por Dilma e passará a repassá-los integralmente para as contas de luz. Com o novo sistema de formação de preços, estima-se que os reajustes neste ano fiquem, em média, em 40%. A intervenção petista está doendo no bolso dos brasileiros.

SINAIS CONTRADITÓRIOS

Enquanto durou, a energia mais barata gerou um incentivo perverso num país cujo insumo era cada vez menos disponível. Prevista para o início do ano passado, a adoção de bandeiras tarifárias - que indicariam escassez e o consequente aumento nos custos de geração - foi adiada por 12 meses. O consumidor não obtinha do governo nenhuma sinalização de que o país já estava andando no fio da navalha em termos de produção de energia. Pelo contrário, o discurso foi sempre tão otimista quanto irresponsável. Resultado: nos últimos dois anos, mesmo com a economia parada, o consumo aumentou 7,5%, segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). O planejamento também tem falhado: em 2014, o parque gerador cresceu 30% menos que o estimado no início de 2013.

Com menos chuvas, a geração hidrelétrica foi comprometida e o país se viu obrigado a acionar continuamente todas as usinas térmicas disponíveis para que não faltasse energia. A matriz energética brasileira - país que tem a maior disponibilidade de recursos hídricos para produção de energia do planeta - foi ficando cada vez mais suja: desde 2008, a participação das termelétricas subiu de 22,3% para os atuais 28,2%, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Aneel. Ou seja, algo que deveria ser temporário, emergencial, tornou-se permanente para suprir a explosão de consumo incentivada pelo governo petista. Andamos, assim, na contramão dos esforços globais pela redução das emissões de gases de efeito estufa.
Os desequilíbrios criados a partir da edição da medida provisória n° 579, convertida em lei em janeiro de 2013, também acabaram por desestimular a expansão da oferta de energia no país. Há, hoje, uma extensa lista de obras à espera de conclusão ou, pior ainda, que sequer saíram do papel. Mais grave, o setor também convive com o descasamento entre os cronogramas de construção de usinas (em geral, mais adiantadas) e o da instalação de linhas (59% dos projetos de transmissão estão atrasados).

Obras prioritárias para garantir segurança no suprimento de energia não são realizadas. O ONS lista 310 projetos de transmissão e geração classificados como essenciais para assegurar o abastecimento no país até 2017, mas 104 deles já foram cobrados anteriormente dos planejadores oficiais e não andaram, nem têm previsão de licitação – como é o caso de 10,2 mil km de linhas de transmissão. Há atrasos de até quatro anos em obras fundamentais, como a construção da usina nuclear de Angra 3. Dezenas de parques eólicos no Nordeste estão sem gerar energia porque não dispõem de linhas de transmissão para interligá-los ao sistema nacional. Na prática, o planejamento do setor transformou-se numa grande colcha de retalhos, com péssima governança expressa nos erros da EPE e na inapetência do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. *Fonte: Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

NO FIO DA NAVALHA

Hoje o país anda no fio da navalha em termos de oferta e consumo. O recomendado para um sistema equilibrado é que a reserva de energia equivalha a 5% da demanda, o que, no caso brasileiro, significaria 4,3 mil MW. Mas, quando aconteceu o apagão de 19 de janeiro, a sobra era de apenas 600 MW, ou seja, menos de 1%. Para evitar problemas, a operação do sistema está apelando a grandes consumidores para que alterem horários de produção ou simplesmente parem de produzir. Desempregar será, certamente, o passo seguinte. Até recorrer ao socorro da energia gerada na Argentina tem sido necessário.
O que o Brasil está vivendo hoje é decorrência da opção equivocada da gestão petista em favor do populismo tarifário, em detrimento da segurança energética. A presidente quis transformar energia em tema de campanha e tornou o país uma economia que não dispõe de condições para voltar a crescer. A repetição dos apagões no período de calor e os possíveis racionamentos previstos para a época da seca tendem a nos empurrar definitivamente para uma recessão neste ano.

CAPACIDADE INSTALADA DE GERAÇÃO ELÉTRICA NO BRASIL (EM MW)

O mais grave é que o Brasil está agora na contramão do resto do mundo. Quando lá fora a energia estava cara, aqui tínhamos artificialmente energia barata para garantir a eleição de Dilma. Agora que o mundo terá energia barata em função da queda do barril de petróleo (até agora os preços caíram pela metade), o país terá a energia mais cara do planeta, retirando ainda mais competitividade de nossas empresas.
Um exemplo emblemático: os brasileiros pagam hoje 69% mais pela gasolina do que no resto do mundo. Isso ocorre pelo fato de o governo estar diante de uma armadilha: se reduzir o preço dos combustíveis, mantém a Petrobras na situação crítica que a levou a tornar-se, nos últimos quatro anos, a companhia mais endividada do mundo ao mesmo tempo em que mantinha um desconto médio de 20% no combustível que vendia aos brasileiros em relação ao preço que pagava no exterior. A estatal precisa agora quitar essa conta.

SEM LUZ NO FIM DO TÚNEL

O primeiro passo para o país sair da crise e fazer surgir alguma luz no fim do túnel é o governo reconhecer os erros cometidos nos últimos anos. É crucial apresentar um plano de uso eficiente de energia, descentralizar a política energética, diversificar a matriz e incentivar a micro geração, a geração distribuída e o maior uso de gás natural. Para recuperar o avariado setor elétrico nacional, também será necessário abandonar o populismo tarifário e a política de intervenções no mercado, e, com isso, restaurar a estabilidade regulatória e a segurança jurídica, sem as quais os principais investidores em energia se afastaram do país.

A crise energética no qual a presidente da República nos meteu precisa ser enfrentada com honestidade e realismo. Hoje o que temos são mistificações, tarifaço, apagões e um racionamento no horizonte. Medidas de racionalização do consumo são cada vez mais necessárias -  é certo que, com maior transparência por parte do governo, a população brasileira certamente estaria colaborando para diminuir a demanda, como, aliás, já fez no passado.
É simplesmente inaceitável que um país com a diversidade energética do Brasil esteja neste momento vivendo seguidos apagões e discutindo a possibilidade de racionamento. O grande desafio é transformar a riqueza energética que a natureza nos deu em vantagem competitiva -  o que não nos libera para negar as dificuldades, o momento de escassez e simplesmente apelar para a intervenção divina, como fez o ministro de Minas e Energia. O PT criou o problema e gerou uma conta que agora os brasileiros estão sendo chamados a pagar. É mais um estelionato eleitoral da lavra de Dilma Rousseff e mais uma das muitas barbeiragens decorrentes das equivocadas políticas petistas.
*Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (EPE).


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Editado por: Edison Franco