sábado, 23 de novembro de 2013

DEPUTADA ZILÁ ACOMPANHA AÉCIO NA FEDERASUL E NO ENCONTRO DO PSDB EM SÃO LEOPOLDO.

O senador Aécio Neves (PSDB) este no Rio Grande do Sul na segunda-feira (11) onde participou da reunião-almoço Tá na Mesa, da Federasul (Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre e criticou o governo Federal afirmando que a gestão do PT está sendo marcada pela alta da inflação, e desequilíbrio das contas públicas, com um tímido crescimento da economia.
A deputada estadual Zilá Breitenbach, líder da bancada tucana na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, acompanhou o presidente nacional do PSDB em sua agenda no Estado.
A parlamentar acompanhou atentamente o pronunciamento de Aécio que enfatizou que há dez anos, quando o PT tomou posse no Planalto, o governo gastava 56% do total de financiamento em saúde pública e que hoje gasta 45%, e que hoje quem paga essa conta são os Estados e, principalmente, os municípios, que a cada dia assumem mais responsabilidades e recebem menos recursos.

Em Porto Alegre Aécio ainda visitou o Grupo RBS, o jornal Correio do Povo e Rádio Guaíba, e esteve no estúdio da Rede Pampa na Feira do Livro, por onde caminhou e conversou com os gaúchos e expositores, sempre acompanhado por uma comitiva composta pelos deputados estaduais tucanos, o deputado federal Nelson Marchezan Jr. e de membros da executiva estadual da sigla.

Para chegar ao Encontro Estadual do PSDB o tucano optou pelo Trensurb para deslocar-se de Porto Alegre até São Leopoldo, município distante cerca de 40 quilômetros da capital gaúcha, e assim escapar da BR116, congestionada e alagada devido a forte chuva que desde o dia 10 caia no RS. Durante o trajeto Aécio conversou com os deputados sobre a necessidade de investimentos nos modais de transporte, em logística, e dentre eles destacou o modal ferroviário.

 Uma das bandeiras da deputada Zilá, que é membro da Frente Parlamentar Gaúcha em Apoio as Ferrovias, é a modernização do modal ferroviário, o que inclui a conclusão do trecho sul da ferrovia Norte-Sul, a obra quando concluída deve conectar importantes rodovias e hidrovias, reduzindo o custo logístico no Estado.

Em São Leopoldo Aécio, e a comitiva tucana, foram recepcionados por centenas de militantes, que apesar do mau tempo se deslocaram até o Ginásio Municipal Grêmio Atlético Mauá, e sacudiam bandeiras mostrando o entusiasmo para escutar o presidente nacional da sigla.

O senador afirmou que os petistas acertaram quando mantiveram o tripé macroeconômico do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com metas de inflação, câmbio flutuante e superávit primário; quando ampliaram os programas de transferência de renda iniciados no governo do PSDB, porque quando o PT copia aquilo que vem do governo do PSDB, o PT acerta.

Fonte: Informativo Gabinete Deputada Zilá Breitenbach 14 de novembro 2013.
Editado por: Edison Franco. 

domingo, 3 de novembro de 2013

NO PAÍS DA (PETRO) DEMAGOGIA

Em 2007, foi anunciada pela Petrobrás a descoberta de um megacampo, batizado com o nome de Tupi. Passados três anos, depois de muito Tupi para cá, Tupi para lá, o alto comando da Petrobrás resolveu trocar o nome do campo para... para que outro nome, mesmo? Adivinhe! Pois é, depois de guri grande, o campo de Tupi virou Campo de Lula.
Há, em nosso país, uma histórica e bem sucedida petrodemagogia. Quem entra no Portal Brasil, por exemplo, e lê a nota do governo sobre o Campo de Libra e o Pré-sal vai pedir para ser congelado hoje e levado ao micro-ondas daqui a alguns anos. No entanto, é importante para a política do poder que essas riquezas minerais, sepultadas sob quilômetros de coluna d'água e ainda mais espessas camadas geológicas, rendam votos no curtíssimo prazo.

Esse é o raciocínio que explica os abusos políticos e de informação envolvendo a Petrobrás. Em 2006, o ex-presidente Luiz Inácio pousou na plataforma P-50 e, minutos após, exibiu para os fotógrafos as mãos lambuzadas de óleo extraído da Bacia de Campos. O fato foi comunicado à nação como início da autossuficiência. O Brasil se tornaria exportador. A vaga na OPEP estava logo ali, provavelmente ao lado da cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Mas o dito logo ficou pelo não dito.

Os anunciados saldos positivos que viriam para a balança comercial do país a partir de 2010 viraram saldos negativos e assim se mantêm. Até o passado mês de agosto o Brasil já gastara, só neste ano, US$ 28 bilhões em importação de petróleo e derivados e essa conta joga no vermelho a balança comercial de 2013. Pensando sobre isso, e já sabendo que quatro empresas haviam desistido de participar, acomodei-me diante da tevê para assistir ao leilão do Campo de Libra. O Globo News, sabe lá por que, demonstrava imenso interesse em duas pacíficas e ociosas barreiras que se entreolhavam no meio da avenida. Numa estavam alinhadas tropas militares. Noutra, pequeno grupo de manifestantes. A tranquila cena atraía tanto a atenção da emissora que ela repartia igualitariamente: meia tela para cada evento.

Assistir o leilão do campo de Libra me fez lembrar aqueles filmes nos quais nada acontece e a gente resiste teimosamente só para saber onde aquilo vai dar. E dá em nada mesmo. Perdi meu tempo testemunhando um conflito que felizmente não houve e um leilão que infelizmente não aconteceu. O único consórcio que apresentou proposta tinha a Petrobrás como líder e foi declarado vencedor pelo lance mínimo admitido. Isso é leilão que se apresente num negócio de tamanho porte? Por que tanto desinteresse mundial em riquezas que o governo anuncia tão promissoras e pródigo?

Mesmo assim, horas após, a presidente veio a público festejar o resultado do evento e partilhar hipotéticos trilhões de reais que sanearão todas as carências do país. É a arte de gastar, retoricamente, recursos talvez alcançáveis em futuro remoto, convertendo-os em votos na urna de logo mais.

No dia seguinte, ainda ponderando as patéticas cenas da véspera, abro minha caixa de e-mails e o primeiro que me cai sob os olhos dizia assim: "O Brasil comprou do Brasil uma reserva de petróleo para ficar com 40% para o Brasil". Disse tudo.
Fonte: Percival Puggina, coluna em Zero Hora, domingo, 03 de novembro de 2013.

Editado por: Edison Franco.