domingo, 16 de junho de 2013

A VAIA PARA DILMA ROUSSEFF – DESMANCHE DO LULISMO SOCIAL

A presidente Dilma Rousseff (PT) não esperava uma manifestação negativa na abertura da Copa das Confederações. As vaias não soaram somente nos limites do Estádio Mané Garricha (Brasília), pois o seu maior eco ocorreu na classe média dos grandes centros urbanos: Rio de Janeiro; Brasília, Porto Alegre; São Paulo.

 Os distúrbios sociais que estão acontecendo nas grandes cidades brasileiras, como a vaia de Brasília, não são fatos desconexos da insatisfação crescente da sociedade civil, com os modelos nada transparentes dos preparativos das obras da Copa do Mundo de 2014.

O Brasil virou um país onde a maioria dos cidadãos da Classe Média, já começa a se comportar no debate público como ocorre nos países europeus e nos EUA. O primeiro sinal foi a queda brusca da popularidade da presidente Dilma Rousseff na pesquisa Datafolha – Folha de São Paulo, com perca de capital político nas classes A e B da pirâmide social, como também, nos outros estratos sociais. O público do Estádio Mané Garricha era o microcosmo da representação social das várias regiões do Brasil, não representava somente os moradores da Capital Federal.

O condomínio político–administrativo da presidente Dilma Rousseff era beneficiado pela paz social do governo do ex–presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A economia crescia com o pleno emprego em todas as camadas sociais, com linha crédito para o consumismo entre os mais pobres. A inflação alta (Alimentos, Serviços) e o endividamento nos cartões, já são problemas comuns para todos os brasileiros sem distinção de classe social. O consenso lulista – dilmista na sociedade civil não funciona em época de descredito popular com os rumos das políticas públicas do Governo Federal.

Os setores organizados da classe média alta brasileira estão na vanguarda dos protestos nos grandes centros urbanos, pois os mesmos usam o espaço público abstrato do ciberespaço, como o mais importante veículo de articulação dessa nova oposição não partidária ao Planalto.

Editado por: Edison Franco.

Um comentário:

  1. Agradeço o diretório do PSDB de Santa Rosa, pela publicação do meu artigo, em seu renomado blog de política local. Luiz Cláudio Ferreira Barbosa, sociólogo.

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