Os deputados da
bancada do PSDB na Assembleia Legislativa protocolaram, ontem à tarde, no
Tribunal de Contas do Estado (TCE), documento manifestando preocupação quanto
ao agravamento do quadro de endividamento do Rio Grande do Sul.
(Foto Luis Gustavo Machado).
Completando o
primeiro mês na liderança da bancada tucana na Assembleia Legislativa, a
deputada Zilá Breitenbach considera “muito preocupantes” alguns dados
levantados sobre a gestão Tarso Genro (PT), especialmente os números relativos
à evolução da dívida pública.
A intenção dos tucanos é usar a tribuna do Legislativo
gaúcho para “denunciar a deterioração das finanças públicas estaduais”, revela
Zilá.
Acompanhada do novo coordenador da bancada do PSDB na
Assembleia, o ex-prefeito de Nova Petrópolis Luiz Schenkel, a deputada lembrou
que uma das atribuições do Parlamento é a de fiscalizar o Executivo, e
apresentou um levantamento elaborado pela assessoria técnica dos parlamentares
tucanos, com base em informações da Secretaria Estadual da Fazenda.
“Nos últimos três anos, enquanto o Paraná reduziu sua dívida
em 20% e Santa Catarina diminuiu 10%, o Rio Grande do Sul aumentou em 19%”,
compara a deputada, ao apresentar um gráfico destacando o crescimento da dívida
gaúcha.
Zilá afirma que o esforço de gestão da
governadora Yeda Crusius (PSDB, 2007-2010) para alcançar o “déficit zero” está
sendo perdido. “Nosso governo fez ações para tornar o Estado viável, fortalecendo
medidas que já vinham sendo tomadas desde 2004 (governo Germano Rigotto, PMDB,
2003-2006)”, observa.
“Agora, o Estado já superou a capacidade que tinha de buscar
empréstimos. Estamos além do que a Lei de Responsabilidade Fiscal autoriza, e
não estamos vendo resultados neste gasto público”, aponta. Também diz que está
havendo “inchaço da máquina pública”, e cita a criação da Empresa Gaúcha de
Rodovias (EGR) como desnecessária.
“Nesses dois anos, o governo já sacou R$
1,7 bilhão do caixa único para manutenção da máquina pública”, revela. Dizendo
que o Estado está “cada vez menos governável”, a parlamentar vê problemas para
os futuros gestores “se o crescimento da dívida continuar neste ritmo”.
A líder tucana reclama que Tarso gastou R$ 66,4 milhões
em propaganda em 2012 e “apenas R$ 28 milhões em projetos de irrigação”. Os
dados apresentados pela deputada estarão em um informativo que será distribuído
pela bancada tucana nos próximos dias.
Entre outros apontamentos, o documento descreve uma queda
nos investimentos em segurança pública, além de mostrar que a execução do
orçamento de 2012 atingiu “apenas 52%” do total. “Queremos ver se vão ser
gastos os 12% em saúde.”
* Matéria publicada, 01 de março, no Jornal do Comércio-Política
P. 21.
Editado por: Edison Franco.
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