segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O CENÁRIO POLÍTICO DE PORTO ALEGRE PARA 2012


A disputa pela Prefeitura de Porto Alegre nas eleições de 2012 deve ser acirrada, como de hábito, e exigirão do PSDB gaúcho muita coesão e capacidade de negociação para entrar com força na disputa. Por enquanto, a peleja está entre o atual prefeito, Jorge Fortunati, e a deputada federal Manuela D’Ávila. 
Entre os tucanos, o mais cotado é Nelson Marchezan Jr.
Leia abaixo como está o cenário político porto-alegrense segundo Marcel Beghini, integrante da Turma do Chapéu responsável por análises políticas das 27 capitais do país que serão visitadas no programa ChaPÉu NA ESTRADA.

União para evitar disputa plebiscitária
Marchezan, pré-candidato tucano em Porto Alegre.

O cenário político de Porto Alegre diz bastante de como a política costuma ser no Estado do Rio Grande no Sul. As disputas não raro são acirradas e confusas. Para 2012, o PSDB precisa trabalhar bastante em prol da não polarização da campanha, que tende a ocorrer em torno do atual prefeito, Jorge Fortunati (PDT), e da deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB). O pré-candidato tucano, o também deputado federal Nelson Marchezan Jr., já concorreu nas eleições passadas, mas ali pelos 3% dos votos.

É importante lembrar que Jorge Fortunati foi eleito vice-prefeito na chapa do prefeito José Fogaça, em 2008. Em 2010, Fogaça deixou o cargo para concorrer ao governo do Estado, na ocasião, ele foi derrotado por Tarso Genro (PT). Dessa forma, existe uma tendência dentro do PMDB porto-alegrense de declarar apoio à reeleição de Fortunati. Embora esse cenário esteja quase certo, alas do PMDB sinalizam o desejo de possuir um candidato próprio, que poderia ser o ex-deputado federal Ibsen Pinheiro ou o vereador Sebastião Melo.

O PT, por sua vez, ainda não decidiu o que fará em 2012. No entanto, é possível identificar a diluição de algumas pré-candidaturas do partido, o que pode indicar uma tendência de apoio à deputada Manuela. PT e PCdoB negociam nos bastidores algumas alianças que viabilizariam o consenso para o projeto da candidata comunista. Ao que depender do governador petista Tarso Genro, o apoio sairá –e mais: a intenção é levar no pacote as importantes siglas PSB e PSD.

Com um cenário tão incerto, o tucano Nelson Marchezan Jr. precisa sair em busca de alianças e estratégias que viabilizem sua candidatura e que impeçam o “voto plebiscitário” entre Fortunati e Manuela. É importante ressaltar que os gaúchos não costumam ser simpáticos à reeleição e que a deputada Manuela teve seu nome incluído em uma série de denúncias envolvendo o PCdoB e que culminou na queda do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva. É trabalhando de forma unida com os segmentos do PSDB e da população que se constrói um bom projeto político. Esperamos que Marchezan consiga fazê-lo. Por Marcel Beghini.
Editado por: Edison Franco.

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