domingo, 29 de maio de 2011

CONTRADIÇÕES PETISTAS!!

Quem tem um pingo de memória há de lembrar-se do carnaval que os petistas do Rio Grande do Sul e até de outros Estados fizeram quando na CPI do DETRAN foram levantadas suspeitas sobre a casa da então governadora Yeda Crusius. Pois esses mesmos petistas estão mudos diante da compra do apartamento do ministro Antonio Palocci, um imóvel seis vezes mais caro do que o valor atribuído pelos adversários à casa que Yeda comprou por R$ 750 mil.

Onde estão os petistas que exigiam transparência de Yeda, chamavam a casa de mansão e até de palacete e ainda queriam o impeachment dela por considerar suas explicações insuficientes? Por que não cobram do ministro que comprove a lisura da compra de seu apartamento de R$ 6,6 milhões e do escritório de R$ 882 mil? Ou será que a mansão suspensa não precisa ser explicada porque Palocci é um companheiro de partido?

Palocci comete o mesmo erro que Yeda cometeu: resiste em dar explicações, alegando que tudo foi feito dentro da lei. Quando Yeda apresentou a engenharia financeira que fez para comprar a casa, o estrago já estava feito.

O chefe da Casa Civil é reincidente na lentidão. Quando era ministro da Fazenda, demorou em se convencer de que precisava se manifestar sobre as denúncias que pesavam contra ele na história que culminou com a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa e na demissão de Palocci. No Supremo Tribunal Federal, o ministro se safou de responder pela quebra do sigilo e quem pagou o pato foi o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso.

Palocci foi blindado pela presidente Dilma Rousseff, está sendo protegido pela base aliada no Congresso, mas desde o fim de semana é um ministro politicamente manco. Um chefe da Casa Civil que se sente impedido de dar entrevistas porque não tem como fugir da pergunta sobre a compra do apartamento é um meio ministro.

Fonte: ZH - 20 de maio de 2011 /ROSANE DE OLIVEIRA -

Editado por: Edison Franco.

CONVENÇÃO NACIONAL REFORÇA CLIMA DE UNIDADE DO PSDB

Em clima de unidade, a Convenção Nacional do PSDB definiu os nomes da nova Executiva do partido para os próximos dois anos. Filiados à legenda, governadores, senadores, deputados federais e representantes históricos, como o presidente de honra, Fernando Henrique Cardoso, se reuniram em Brasília para aprovar a nova estrutura partidária.

Ao contrário das avaliações sobre a divisão do partido, o presidente reconduzido à Executiva Nacional, Sérgio Guerra (PE), também fez questão de valorizar a história do PSDB e os novos rumos políticos da oposição. “Não queremos ter apenas diretórios em todo lugar, queremos ter o PSDB com sua forma e conteúdo, uma imagem central que se espalhe Brasil afora”, disse Guerra.

Deputados destacam coesão do partido e apontam perspectivas positivas para o futuro

As lideranças de São Paulo e de Minas Gerais também reforçaram a questão da unidade. “As diferenças em qualquer partido são normais, mas elas não podem falar mais alto. A nossa união enfraquece nosso adversário”, afirmou o novo presidente do Conselho Político da legenda, José Serra. O senador Aécio Neves (MG), também integrante deste colegiado como representante dos tucanos no Congresso Nacional, enfatizou o início de uma “nova caminhada” de olho no futuro. “Este é um partido sem dono. O dono do PSDB é o partido brasileiro”, afirmou.

A nova Executiva Nacional definiu para o mandato cinco bandeiras: avançar nas eleições municipais, recrutar novos membros, democratizar o partido, estreitar relações com a sociedade civil e reestruturar a comunicação. Além disso, o presidente reeleito da legenda anunciou a criação de dois novos secretariados: da segurança pública e da diversidade.

Durante o encontro, o governo Dilma Rousseff foi criticado por vários tucanos. A conivência com a corrupção e a incompetência para atacar problemas que afetam milhares de brasileiros, como a inflação e as deficiências da infraestrutura, foram exemplos de problemas citados.

“Estamos juntos outra vez e vamos juntos as eleições municipais, no trabalho de formiguinha. É o PSDB outra vez, unido e vigoroso. O nosso grande aliado é o povo do Brasil.”
Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sobre a união do partido para fazer um futuro melhor para o Brasil.

(Fonte: da redação com Agência Tucana / Foto: Cadu Gomes-Liderança do PSDB no Senado)

Editado por:Edison Franco.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

COMPETÊNCIA E EMPREENDEDORISMO

A notícia do momento, nos jornais, telejornais e na internet é a brilhante capacidade gerencial do Ministro Palocci que em quatro anos conseguiu multiplicar em 20 vezes o seu patrimônio - tenho ouvido e lido os mais diversos comentários sobre o assunto, pensei sobre o que dizer sobre tudo isso, lembrei principalmente nas implicações e os riscos que podemos correr em fazer algum comentário a respeito de tão ilustre cidadão, lembrei-me do caseiro, diante de tudo isso me ocorreu o seguinte a competência e empreendedor ismo segundo o método Palocci. Se você tiver hoje R$ 1.000,00 (Um mil reais), utilizando o método gerencial Palocci em quatro anos você terá o equivalente a R$ 20.000,00 (Vinte mil reais), em oito anos o seu patrimônio saltará para R$ 400.000,00 (Quatrocentos mil reais), em doze anos o seu patrimônio será de R$ 8.000.000,00 (Oito milhões), você já é um milionário, não desista vá em frente em dezesseis anos você terá R$ 160.000.000,00 (Cento e sessenta milhões), e em vinte anos R$ 3.200.000.000,00(Três bilhões e duzentos milhões), parabéns em duas décadas você já é um bilionário, com sorte e saúde antes de você completar trinta anos de serviço, veja bem antes da sua aposentado ria você já será o homem mais rico do mundo.

Não vamos invejar a Competência e o Empreendedorismo do nosso ministro, devemos é torcer para que essa capacidade de multiplicação que ele já demonstrou no gerenciamento dos seus bens particulares possa se refletir no gerenciamento das políticas públicas em nosso Brasil, imaginem se ele conseguir fazer dez por cento por nós todos do que ele demonstrou ser capaz de fazer em causa própria, nós teríamos em quatro anos o dobro de médicos atendendo nos postos de saúde, o dobro de recursos para a educação, o dobro de policiais nas ruas.

Fonte: Jaime Antônio Sirena – E-mail: jaime.engenheiro@gmail.com
Editado por: Edison Franco.

DEPUTADA ZILÁ AFIRMA QUE É PRECISO COMBATER A CORRUPÇÃO NO ESTADO

Crédito da foto: Marcelo Bertani/ALPorto Alegre –

A deputada estadual Zilá Breitenbach (PSDB) afirmou nesta terça-feira, 17, que é preciso combater a corrupção no Rio Grande do Sul. Zilá ressaltou a situação envolvendo o ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que adquiriu um imóvel de quase R$ 7 milhões, aumentando 20 vezes seu patrimônio durante os quatro anos como deputado federal. “Parece que a população não acredita mais que nós, políticos, possamos fazer a diferença. Temos de tomar posições, sejamos situação ou oposição. Cala-se muito neste País. Ninguém fala nada”, acrescentou.

A parlamentar também alertou a população sobre a fraude dos remédios, onde verbas para saúde eram desviadas prejudicando pessoas que necessitavam ser medicadas. “Existem grandes esquemas de corrupção que levam o dinheiro e a crença da população. O combate à corrupção deveria ser a bandeira de todos os políticos. Deveríamos tentar fazer algo para acabar com isso”.

CISA - Consórcio Intermunicipal do Noroeste do Estado

Em relação a esta situação envolvendo medicamentos, a deputada tucana lembrou um fato positivo que ocorre na região Noroeste do estado. Segundo ela, um bom exemplo é o trabalho realizado pelo Consórcio Intermunicipal do Noroeste do Estado (CISA). Localizada em Ijuí, a empresa começou adquirir em 2007 medicamentos para as prefeituras por meio de pregão eletrônico. Atualmente 43 municípios integram o consórcio. “O sistema é muito transparente e houve uma redução de 40% na aquisição dos valores pagos aos medicamentos na região, com total fiscalização do Tribunal de Contas”, destacou.

Zilá informa que entre 2007 e 2011 o CISA comprou R$ 26 milhões em medicamentos. Nesta fraude dos medicamentos aconteceu um rombo de R$ 110 milhões. “Imaginem o quanto foi desviado. Precisamos denunciar a impunidade, uma das grandes causas da corrupção no país. É disso que temos de falar, todos os dias e toda hora”, finalizou.
Fonte: Informativo do Gabinete Deputada Zilá Breitenbach.

Editado por: Edison Franco.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

NELSON MARCHEZAN JÚNIOR DEPUTADO FEDERAL PRESIDENTE PSDB/RS

Amigos,

Recomendo a leitura do artigo abaixo. É o retrato real do que se passa em Brasília e no cenário político brasileiro.

SUPREMACIA

Agora, na proposta do novo Código Florestal, quer estabelecer que as permissões de plantio em área de preservação permanente nas margens dos rios sejam também decididas por decreto.

Para as obras necessárias à realização da Copa o Mundo de 2014, tenta aprovar uma legislação específica para fugir dos rigores da Lei de Licitações, alegando urgência depois de ter tido quatro anos desde a indicação do Brasil para dar início aos trabalhos pelo processo normal.

O controle dito "social" dos meios de comunicação só poderá ser considerado fora da agenda, como prometeu a presidente Dilma Rousseff, depois de divulgado o texto do projeto de regulação em exame no Ministério das Comunicações.

Já cooptou os movimentos sociais, desmontou a autonomia das agências reguladoras, manda na maioria dos partidos (cuidadosamente desmoralizados), influencia na redistribuição de forças dissidentes do campo adversário, estimula as lideranças que lhe parecem mais convenientes na oposição, trabalha para adaptar a reforma política aos seus interesses (por que Lula cuidaria pessoalmente do assunto?) e por aí vão os exemplos.

São fatos, não visões de fantasmas ao meio-dia.

O governo caminha, devagar e no uso dos instrumentos disponíveis na democracia, para conquistar o controle das instituições construindo uma hegemonia político, social, legislativa, cultural e mais o que puder açambarcar até consolidar-se na posição de suprema instância de decisão.

Faz isso nas barbas de uma sociedade inerte e de uma oposição cúmplice que parecem ter dificuldades para decodificar sinais e ligar os pontos.

O avanço do Executivo sobre as instituições é esperto, pois não se dá a partir de um projeto explícita e assumidamente autoritário: acontece de maneira sub-reptícia, por meio de movimentos isolados que, no entanto, têm sempre como pano de fundo o objetivo da dominação, da prevalência absoluta de uma força política sobre as demais.

A aparência é democrática, mas a intenção é francamente impositiva, considerando-se que não se vê um só gesto plural, que aceite o contraditório como algo natural. Só o pensamento alinhado ao governismo é tido como democrático e a divergência, tachada de antipatriótica, "perdedora", indigna de atenção.

O raciocínio segundo o qual quem ganhou as eleições é quem tem razão está disseminado em todos os setores: na política, no mundo dos negócios, na sociedade e, um pouco menos, também na imprensa.

A discussão e as tentativas de votação do novo Código Florestal encerram demonstrações de sobra a respeito do acima exposto: o governo não tem maioria para aprovar o ponto que para ele é crucial - o poder de mando discricionário sobre as áreas de proteção - e, no lugar de compor, procura impor. É a lógica de sua atuação.

Não há crise na base. O que existe são interesses conflitantes que permeiam todas as bancadas no tema específico do uso produtivo da terra e da preservação ambiental.

O impasse se dá justamente porque o governo não administra divergências. Simplesmente quer vê-las extintas.

Mal parado. Em um ambiente que se pretendesse decente, a acusação do deputado Aldo Rebelo ao marido da ex-senadora Marina Silva - "contrabandista de madeira" -, seguida da confissão de que como líder do governo ajudou a abafar o caso, não poderia terminar com o dito pelo não dito.

Mas, como a conjuntura não se pretende decente, prevalecerá o deixa-disso.

Resumo da ópera. Em entrevista ao jornal Valor, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, resumiu no que consiste o poder de atração do PSD: "O conjunto de forças que sempre esteve no governo, ao cabo de oito anos fora dele, resolveu mudar para ser o que sempre foi: base de governo".

O Estado de São Paulo - 15/05/2011 - Dora Kramer.

Editado por: Edison Franco.

O governo já conseguiu fazer com que o valor do salário mínimo seja estabelecido anualmente por decreto, pondo fim ao debate de todos os anos no Congresso.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

SIMONE BRUM DO PSDB ASSUME CADEIRA NA CÂMARA MUNICIPAL.



SIMONE BRUM DA SILVA, do PSDB, assumiu dia 9 de maio de 2011, uma cadeira na Câmara Municipal de Santa Rosa, em cumprimento de um acordo nas eleições municipais de 2008 onde o PPS e PSDB concorreram coligados à vereança, ficou definida que quem elegesse vereador faria uma composição para a outra sigla assumir pelo período de dois meses por ano. A pós-reunião acorrida com o Presidente do PPS - MIRO GESSE e o vereador PAULINHO este acordo está ocorrendo a partir de ontem. A vereadora Simone em sua estreia indica ao Executivo Municipal estudos objetivando a instalação de um POSTO AVANÇADO DA PREFEITURA MUNICIPAL, NO CENTRO DA CIDADE, que poderia ser denominado "Poupa Tempo" ou "Tudo Fácil"
Justificando que a Prefeitura Municipal está localizada no Bairro Cruzeiro, distante do centro da cidade em torno de 4 km.
Considerando que vários documentos e serviços precisam ser buscados na Prefeitura, e os munícipes necessitam deslocar-se até a mesma, causando ônus, especialmente aos menos favorecidos e que a maioria dos contribuintes trabalha no mesmo horário de funcionamento da Prefeitura, dificultando o deslocamento e que, com os serviços descentralizados tornaria mais ágil os resultados e o atendimento ao Público em Geral.
A segunda indicação de Simone, na noite de estreia, foi a construção de uma Escola de Educação Infantil, no Bairro Glória, com a maior urgência possível.
Justificando que alguns anos atrás o PSDB fez um levantamento sócio econômico no Bairro Glória e que naquela época havia cerca de 86 crianças que necessitavam de um local para ficar, e hoje, a demanda de crianças de 0 a 6 anos é maior ainda, todos filhos de mães trabalhadoras que necessitam de um local adequado e seguro, uma vez que não podem pagar uma babá e muito menos uma escola particular. Segundo informações, já foi adquirida uma área para a construção da referida Escola no Bairro Glória.


Editado por: Edison Franco.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

VEREADORA SIMONE BRUM ASSUME CADEIRA NA CÂMARA DE VEREADORES DE SANTA ROSA



SIMONE BRUM DA SILVA, do PSDB, assumiu dia 9 de maio de 2011, uma cadeira na Câmara Municipal de Santa Rosa, em cumprimento de um acordo nas eleições municipais de 2008 onde o PPS e PSDB concorreram coligados à vereança, ficou definida que quem elegesse vereador faria uma composição para a outra sigla assumir pelo período de dois meses por ano. A pós-reunião acorrida com o Presidente do PPS - MIRO GESSE e o vereador PAULINHO este acordo está ocorrendo a partir de ontem. A vereadora Simone em sua estreia indica ao Executivo Municipal estudos objetivando a instalação de um POSTO AVANÇADO DA PREFEITURA MUNICIPAL, NO CENTRO DA CIDADE, que poderia ser denominado "Poupa Tempo" ou "Tudo Fácil"
Justificando que a Prefeitura Municipal está localizada no Bairro Cruzeiro, distante do centro da cidade em torno de 4 km.
Considerando que vários documentos e serviços precisam ser buscados na Prefeitura, e os munícipes necessitam deslocar-se até a mesma, causando ônus, especialmente aos menos favorecidos e que a maioria dos contribuintes trabalha no mesmo horário de funcionamento da Prefeitura, dificultando o deslocamento e que, com os serviços descentralizados tornaria mais ágil os resultados e o atendimento ao Público em Geral

.A segunda indicação de Simone, na noite de estreia, foi a construção de uma Escola de Educação Infantil, no Bairro Glória, com a maior urgência possível.
Justificando que alguns anos atrás o PSDB fez um levantamento sócio econômico no Bairro Glória e que naquela época havia cerca de 86 crianças que necessitavam de um local para ficar, e hoje, a demanda de crianças de 0 a 6 anos é maior ainda, todos filhos de mães trabalhadoras que necessitam de um local adequado e seguro, uma vez que não podem pagar uma babá e muito menos uma escola particular. Segundo informações, já foi adquirida uma área para a construção da referida Escola no Bairro Glória.

Editado por: Edison Franco.

terça-feira, 3 de maio de 2011

UM NOVO BRASIL – FHC - Fernando Henrique Cardoso.

Décadas atrás havia uma discussão sobre a "modernização" do Brasil. Correntes mais dogmáticas da esquerda denunciavam os modernizadores como gente que acreditava ser possível transformar o País saltando a revolução socialista. Com o passar do tempo, quase todos se esqueceram das velhas polêmicas e passaram a se orgulhar das grandes transformações ocorridas. Até mesmo pertencermos ao BRIC, uma marca criada em 1999 pelo banco Goldman Sachs, passou a ser motivo de orgulho dos dirigentes petistas: finalmente somos uma economia emergente!

Na verdade, o Brasil é mais do que uma "economia emergente", é uma "sociedade emergente" ou, para usar o título de um livro que analisa bem o que aconteceu nas últimas décadas, somos um novo país (ver Albert Fishlow, O Novo Brasil, Saint Paul Editora, 2011). Para entender as dificuldades políticas que foram transpostas para acelerar esta transformação basta ler a primeira parte de um livrinho que tem o instigante título Memórias de um Soldado de Milícias, escrito por Luiz Alfredo Raposo e publicado este ano em São Luís do Maranhão.

Embora os livros comecem a registrar o que é este novo Brasil - e há outros, além do que mencionei -, o senso comum, especialmente entre os militantes ou representantes dos partidos políticos e seus ideólogos, ainda não se deu conta por completo dessas transformações e de suas consequências.

Os fundamentos deste novo País começaram a se constituir a partir das greves operárias do fim da década de 1970 e da campanha das Diretas-Já, que conduziram à Constituição de 1988. Este foi o marco inicial do novo Brasil: direitos assegurados, desenho de um Estado visando a aumentar o bem-estar do povo, sociedade civil mais organizada e demandante, enfim, liberdade e comprometimento social. Havia na Constituição, é certo, entraves que prendiam o desenvolvimento econômico a monopólios e ingerências estatais. Sucessivas emendas constitucionais foram aliviando essas amarras, sem enfraquecer a ação estatal, mas abrindo espaço à competição, à regulação e à diversificação do mundo empresarial.

O segundo grande passo para a modernização do País foi dado pela abertura da economia. Contrariando a percepção acanhada de que a "globalização" mataria nossa indústria e espoliaria nossas riquezas, houve a redução de tarifas e diminuição dos entraves ao fluxo de capitais. Novamente os "dogmáticos" (lamento dizer, PT e presidente Lula à frente) previram a catástrofe que não ocorreu: "sucateamento" da indústria, desnacionalização da economia, desemprego em massa, e assim por diante. Passamos pelo teste: o BNDES atuou corretamente para apoiar a modernização de setores-chave da economia, as privatizações não deram ensejo a monopólios privados e mantiveram boa parte do sistema produtivo sob controle nacional, seja pelo setor privado, seja pelo Estado, ou em conjunto. Houve expansão da oferta e democratização do acesso a serviços públicos.

O terceiro passo foi o Plano Real e a vitória sobre a inflação, não sem enormes dificuldades e incompreensões políticas. Juntamente com a reorganização das finanças públicas, com o saneamento do sistema financeiro e com a adoção de regras para o uso do dinheiro público e o manejo da política econômica, a estabilização permitiu o desenvolvimento de um mercado de capitais dinâmico, bem regulado, e a criação das bases para a expansão do crédito.

Por fim, mas em nada menos importante, deu-se consequente prática às demandas sociais refletidas na Constituição. Foram ativadas as políticas sociais universais (educação, saúde e Previdência) e as focalizadas: a reforma agrária e os mecanismos de transferência direta de renda, entre eles as bolsas, a primeira das quais foi a Bolsa-Escola, substituída pela Bolsa-Família. Ao mesmo tempo, desde 1993 houve significativo aumento real do salário mínimo (de 44% no governo do PSDB e de 48% no de Lula).
Os resultados veem-se agora: aumento de consumo das camadas populares, enriquecimento generalizado, multiplicação de empresas e das oportunidades de investimento, tanto em áreas tradicionais quanto em áreas novas. Inegavelmente, recebemos também um impulso "de fora", com o boom da economia internacional de 2004-2008 e, sobretudo, com a entrada vigorosa da China no mercado de commodities.

Por trás desse novo Brasil está o "espírito de empresa". A aceitação do risco, da competitividade, do mérito, da avaliação de resultados. O esforço individual e coletivo, a convicção de que sem estudo não se avança e de que é preciso ter regras que regulem a economia e a vida em sociedade. O respeito à lei, aos contratos, às liberdades individuais e coletivas fazem parte deste novo Brasil. O "espírito de empresa" não se resume ao mercado ou à empresa privada. Ele abrange vários setores da vida e da sociedade. Uma empresa estatal, quando o possui, deixa de ser uma "repartição pública", na qual o burocratismo e os privilégios políticos, com clientelismo e corrupção, freiam seu crescimento. Uma ONG pode possuir esse mesmo espírito, assim como os partidos deveriam possuí-lo. E não se creia que ele dispense o sentimento de coesão social, de solidariedade: o mundo moderno não aceita o "cada um por si e Deus por ninguém". O mesmo espírito deve reger os programas e ações sociais do governo na busca da melhoria da condição de vida dos cidadãos.

Foi para isso que apontei em meu artigo na revista Interesse Nacional, que tanto debate suscitou, às vezes a partir de leituras equivocadas e mesmo de má-fé. É inegável que há espaço para as oposições firmarem o pé neste novo Brasil. Ele está entre os setores populares e médios que escapam do clientelismo estatal, que têm independência para criticar o que há de velho nas bases políticas do governo e em muito de suas práticas, como a ingerência política na escolha dos "campeões da globalização", o privilegiamento de setores econômicos "amigos", a resistência à cooperação com o setor privado nos investimentos de infraestrutura, além da eventual tibieza no controle da inflação, que pode cortar as aspirações de consumo das classes emergentes. Para ocupar esse espaço, entretanto, é preciso que também as oposições se invistam do espírito novo e sejam capazes de representar este novo Brasil, tão distante do pequeno e às vezes mesquinho dia a dia da política congressual.

Fonte: O Estado de São Paulo. Artigo do Sociólogo Fernando Henrique Cardoso. (FHC) Ex Presidente da República. No dia do trabalho (01/05/2011).

Editado por: Edison Franco.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

PSDB COBRA SOLUÇÃO DO PREFEITO ORLANDO DESCONSI.

O PSDB de Santa Rosa quer uma solução para o Trânsito de Santa Rosa. Notícias do Jornal Noroeste de alguns meses dão conta que a Prefeitura de Santa Rosa contratou um engenheiro de transito denominado de Arquiteto Bertolucci, que foi servidor do governo do PT em Caxias do Sul do Prefeito Pepe Vargas, para dar um diagnóstico e oferecer uma solução ao transito de Santa Rosa. Mas até agora nada. A situação tá difícil, inclusive com engarrafamentos nos horários de pico.
O PSDB quer saber:
Quanto custou este trabalho de assessoria?
Quando vai ser apresentado o resultado deste trabalho?
Como serão implantadas estas mudanças no transito?
EM TEMPO: O PSDB também solicita os imediatos consertos nos asfaltos em diversas ruas de Santa Rosa, como Av. Inhacorá, Rua São Luiz, Rua Sinval Saldanha, etc..

Fonte: Carlos Nasi.
Editado por: Edison Franco.