O Brasil tem hoje 60 milhões de
pessoas inadimplentes com prestações atrasadas. O desemprego para os mais
jovens ultrapassará 25% para aqueles que têm até 24 anos. A inflação continua
sem controle. Nas regiões metropolitanas já chegou em torno de 15%. A
grande verdade é que aqueles que tiveram, no período de governo do PT, alguma
ascensão social em razão de várias medidas - e a principal delas foi a
estabilidade alcançada no governo anterior - retornarão para a condição
anterior, só que em um cenário muito pior, com inflação, com desemprego, com
juros na estratosfera e sem perspectiva de retomada do crescimento. O meu sentimento
pessoal, como presidente nacional do PSDB, é que o governo do PT acabou. Esse é
o lado bom da história.
Não temos aqui,
nenhum de nós, a bola de cristal para saber o que nos espera daqui a dois
meses, com a instalação do processo de impeachment, o que nos espera daqui a
um, dois ou três anos, quando estão marcadas as eleições presidenciais. Não
depende de nós. Depende de um resultado ou desfecho desse processo que aí está.
Não depende apenas de nós.
Mas de nós depende mostrarmos, cada vez
mais, que estamos unidos. Temos a melhor proposta, o melhor projeto para esse
país, e temos aquilo que faltam àqueles que hoje governam o Brasil: falta a
eles a credibilidade, que temos de sobra para apontar um novo e virtuoso
caminho de recuperação da nacionalidade, do orgulho de ser brasileiro, da
confiança na nossa capacidade de fazer esse país voltar a crescer.
Aécio Neves, em Juiz de Fora, onde participou de um encontro
com lideranças do PSDB de Minas Gerais. 04/12/2015.
Editado por: Edison Franco.