sexta-feira, 26 de junho de 2015

PLANO ENERGÉTICO: CONSTRUÇÃO DE USINA E LICENÇAS AMBIENTAIS DOMINAM DEBATE EM SANTA ROSA

Santa Rosa (RS) sediou nesta quinta-feira (25 de junho 2015), a décima primeira reunião do Plano Energético, que está percorrendo o Estado para ouvir a sociedade quanto às demandas que precisam ser incluídas no plano, que está sendo preparado pela Secretaria de Minas e Energia (SME).

O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, disse que a SME trabalha, em parceria com outras secretarias de Estado, na construção de um programa para levar energia trifásica ao campo. Quanto ao uso da biomassa, informou que a SULGÁS está com chamada pública aberta para a compra de biometano por um prazo de até 20 anos, fato inédito no país e que também beneficia o agricultor, pois vai permitir a ele transformar em energia os dejetos resultantes da atividade agrícola.

Redecker afirmou que está trabalhando em sintonia com a secretária Ana Pelini e fazendo um acompanhamento semanal das licenças ambientais de empreendimentos relacionados à geração de energia. A expectativa é de que ocorra uma maior celeridade nos procedimentos, com a inauguração da sala do investidor, que permitirá a parte interessada acompanhar o andamento das licenças solicitadas. Da mesma forma, disse que está acompanhando a situação da usina de Garabi/Panambi, e que uma nova agenda está sendo marcada para os próximos dias para tratar sobre o assunto. Comunicou ainda aos presentes que está reativando o Comitê de Planejamento Energético do Estado do Rio Grande do Sul (COPERGS), cuja primeira reunião ocorrerá já no mês de julho. “As regiões sofrem com problemas causamos muitas vezes pela morosidade do próprio Estado. Nossa intenção é dar mais agilidade aos procedimentos e minimizar os impactos. É por isso que estamos aqui hoje”, finalizou.

“É muito complicado fazer geração de energia. É impressionante a dificuldade para quem quer empreender neste setor”, afirmou o presidente da COOPERLUZ, Querino Volkmer. Para ele, o poder público, através das suas autarquias, não deve atrapalhar o empreendedor. “Temos 64 contratos assinados para entregar energia a partir de 2018 e em setembro do ano passado a FEPAM cassou a licença de um empreendimento nosso. Há uma insegurança jurídica muito grande. Trata-se de um investimento de R$ 250 milhões, com R$ 10 milhões já investidos e R$ 2 bilhões em energia vendidos”.

O representante da FIERGS na Fronteira Noroeste, Valdir Turra Carpenedo, afirmou que o governador José Ivo Sartori acertou ao desmembrar o setor de Minas e Energia da antiga Secretaria de Infraestrutura. “O tema estava em segundo plano e nos atrasou”, disse. Conforme ele, sempre que um empreendimento vai se instalar numa cidade, a oferta de energia é o primeiro item avaliado. “O Estado é muito rico em oportunidades de geração de energia, mas temos que superar a questão ambiental, que é traumática. Esperamos que as coisas andem mais facilmente, para que tenhamos energia farta, segura e com preço adequado. Nenhum país no mundo deixaria de usufruir um potencial como este que temos no rio Uruguai”.

O presidente da Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa, prefeito de Três de Maio Olívio José Casali, destacou que finalmente está se fazendo um plano para a próxima década e não apenas para um ano. Ele disse que a situação dos municípios é difícil, “mas com criatividade vamos superar esta fase. Não podemos baixar a cabeça, é trabalhar e buscar resultados para vencermos as barreiras e retomarmos o desenvolvimento”. Ele pediu ao secretário que olhe com atenção a situação das PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), “que também podem trazer energia para a nossa região”. Ele agradeceu ainda aos representantes da RGE, presentes no encontro, a construção de uma nova subestação no município de Três de Maio, com capacidade para 20 MW, atendendo uma população de 38 mil pessoas em cinco municípios.

O presidente do COREDE Fronteira Noroeste e representante da Unijuí, Pedro Luis Büttenbender, afirmou que está claro como a ausência de energia pode ser um inibidor do desenvolvimento. “Precisamos de políticas afirmativas que nos ajudem. Aqui temos a energia mais cara do Rio Grande do Sul. Entendemos que a região, cada vez mais, precisa se apropriar de planos como este e também atuar na sua execução, para que as prioridades não sejam modificadas cada vez que se troca de governo”. Disse ainda que espera que a SME seja o ponto de referência e de informação em relação ao projeto binacional de construção das Hidrelétricas de Garabi e Panambi. Fonte: Assessoria de Comunicação –SME.

O secretário de Minas e Energia, deputado Lucas Redecker membro da nova Diretoria do PSDB Estadual, antes de iniciar a décima primeira reunião do Plano Energético, reuniu-se com os membros do Partido em Santa Rosa.
Da esquerda para direita na foto acima: Nilson Buttinguer, Edison Franco, Lucas Redecker,Carlos Nasi e Marcus Walczak.
Editado por: Edison Franco

segunda-feira, 22 de junho de 2015

DILMA NO FUNDO DO POÇO.

Posted: 20 Jun 2015 02:23 PM Blog do C.N.
(Folha) A presidente Dilma Rousseff chega ao final do primeiro semestre avaliada como ruim ou péssima por 65% do eleitorado, um novo recorde na série do Datafolha desde janeiro de 2011, início de seu primeiro mandato. No histórico de pesquisas nacionais de avaliação presidencial do instituto, essa taxa de reprovação só não é pior que os 68% de ruim e péssimo alcançados pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello em setembro de 1992, poucos dias antes de seu impeachment. 

Considerando a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, trata-se praticamente de um empate. No levantamento realizado na quarta (17) e na quinta (18), o Datafolha apurou que apenas 10% dos brasileiros classificam o governo da petista como bom ou ótimo. Essa taxa —só comparável às dos momentos mais críticos de Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso— equivale a um terço da pior marca de Dilma em seu primeiro mandato, os 30% pós-junho de 2013, quando uma onda de grandes protestos espalhou-se pelo país. 

Em relação à pesquisa de abril, a reprovação de Dilma subiu cinco pontos; a aprovação oscilou três para baixo. A atual taxa de aprovação da presidente é baixa, e em patamares muito parecidos, entre eleitores de diferentes níveis de renda. No grupo dos mais pobres, os que têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos, 11% a aprovam, 62% a reprovam. No segmento dos mais ricos (acima de 10 salários), 12% a aprovam, 66% a reprovam. 

Tendências parecidas ocorrem nos recortes por sexo, idade e escolaridade. Algum contraste pode ser observado na aprovação por região. No Sudeste, a área mais populosa, só 7% aprovam a presidente. No Nordeste, 14%. Já a reprovação nos nove Estados nordestinos, área onde Dilma obteve enorme vantagem de votos na eleição de 2014, é de 58%.