Santa Rosa (RS) sediou nesta quinta-feira (25 de junho 2015),
a décima primeira reunião do Plano Energético, que está percorrendo o Estado
para ouvir a sociedade quanto às demandas que precisam ser incluídas no plano,
que está sendo preparado pela Secretaria de Minas e Energia (SME).
O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, disse que a
SME trabalha, em parceria com outras secretarias de Estado, na construção de um
programa para levar energia trifásica ao campo. Quanto ao uso da biomassa,
informou que a SULGÁS está com chamada pública aberta para a compra de
biometano por um prazo de até 20 anos, fato inédito no país e que também
beneficia o agricultor, pois vai permitir a ele transformar em energia os
dejetos resultantes da atividade agrícola.
Redecker afirmou que está trabalhando em sintonia com a
secretária Ana Pelini e fazendo um acompanhamento semanal das licenças
ambientais de empreendimentos relacionados à geração de energia. A expectativa
é de que ocorra uma maior celeridade nos procedimentos, com a inauguração da
sala do investidor, que permitirá a parte interessada acompanhar o andamento
das licenças solicitadas. Da mesma forma, disse que está acompanhando a
situação da usina de Garabi/Panambi, e que uma nova agenda está sendo marcada
para os próximos dias para tratar sobre o assunto. Comunicou ainda aos
presentes que está reativando o Comitê de Planejamento Energético do Estado do
Rio Grande do Sul (COPERGS), cuja primeira reunião ocorrerá já no mês de julho.
“As regiões sofrem com problemas causamos muitas vezes pela morosidade do
próprio Estado. Nossa intenção é dar mais agilidade aos procedimentos e
minimizar os impactos. É por isso que estamos aqui hoje”, finalizou.
“É muito complicado fazer geração de energia. É
impressionante a dificuldade para quem quer empreender neste setor”, afirmou o
presidente da COOPERLUZ, Querino Volkmer. Para ele, o poder público, através
das suas autarquias, não deve atrapalhar o empreendedor. “Temos 64 contratos
assinados para entregar energia a partir de 2018 e em setembro do ano passado a
FEPAM cassou a licença de um empreendimento nosso. Há uma insegurança jurídica
muito grande. Trata-se de um investimento de R$ 250 milhões, com R$ 10 milhões
já investidos e R$ 2 bilhões em energia vendidos”.
O representante da FIERGS na Fronteira Noroeste, Valdir
Turra Carpenedo, afirmou que o governador José Ivo Sartori acertou ao
desmembrar o setor de Minas e Energia da antiga Secretaria de Infraestrutura.
“O tema estava em segundo plano e nos atrasou”, disse. Conforme ele, sempre que
um empreendimento vai se instalar numa cidade, a oferta de energia é o primeiro
item avaliado. “O Estado é muito rico em oportunidades de geração de energia,
mas temos que superar a questão ambiental, que é traumática. Esperamos que as
coisas andem mais facilmente, para que tenhamos energia farta, segura e com
preço adequado. Nenhum país no mundo deixaria de usufruir um potencial como
este que temos no rio Uruguai”.
O presidente da Associação dos Municípios da Grande Santa
Rosa, prefeito de Três de Maio Olívio José Casali, destacou que finalmente está
se fazendo um plano para a próxima década e não apenas para um ano. Ele disse
que a situação dos municípios é difícil, “mas com criatividade vamos superar
esta fase. Não podemos baixar a cabeça, é trabalhar e buscar resultados para
vencermos as barreiras e retomarmos o desenvolvimento”. Ele pediu ao secretário
que olhe com atenção a situação das PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas),
“que também podem trazer energia para a nossa região”. Ele agradeceu ainda aos
representantes da RGE, presentes no encontro, a construção de uma nova
subestação no município de Três de Maio, com capacidade para 20 MW, atendendo
uma população de 38 mil pessoas em cinco municípios.
O presidente do COREDE Fronteira Noroeste e representante da
Unijuí, Pedro Luis Büttenbender, afirmou que está claro como a ausência de
energia pode ser um inibidor do desenvolvimento. “Precisamos de políticas
afirmativas que nos ajudem. Aqui temos a energia mais cara do Rio Grande do
Sul. Entendemos que a região, cada vez mais, precisa se apropriar de planos
como este e também atuar na sua execução, para que as prioridades não sejam
modificadas cada vez que se troca de governo”. Disse ainda que espera que a SME
seja o ponto de referência e de informação em relação ao projeto binacional de
construção das Hidrelétricas de Garabi e Panambi. Fonte: Assessoria de
Comunicação –SME.
O secretário de Minas e Energia,
deputado Lucas Redecker membro da nova Diretoria do PSDB Estadual, antes de
iniciar a décima primeira reunião do Plano Energético, reuniu-se com os membros
do Partido em Santa Rosa.
Da esquerda para direita na foto acima: Nilson Buttinguer, Edison Franco, Lucas Redecker,Carlos Nasi e Marcus Walczak.
Editado por: Edison Franco